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18 de novembro de 2017

Liga da Justiça


Contém leves spoilers 
(nada que já não tenha descoberto por aí...)

O aguardado Liga da Justiça (Justice League, 2017) estreou e sem mais delongas posso afirmar que o resultado final é muito satisfatório, é uma obra enxuta, divertida, cumpre o que promete, segue à risca a cartilha dos filmes de reunião de super-heróis, no entanto, se não ofende os fãs também não atribui nada de novo ao universo DC no cinema, seja na narrativa ou no quesito técnico.

A recepção morna de Batman Vs Superman e o desastre chamado de Esquadrão Suicida certamente contribuíram para que a DC arriscasse menos e optasse em oferecer ao público uma aventura mais convencional, leve e descompromissada ao exemplo de Mulher-Maravilha, um hit estrondoso que caiu nas graças do público e da crítica.


E para essa mudança de tom, Joss Whedon (Firefly, Os Vingadores) foi convocado para substituir Zack Snyder – afastado por problemas pessoais – e fez algumas refilmagens, porém, acho que o trabalho de Whedon foi mesmo o de picotar, retirar os excessos deixados por Snyder, visto que Liga da Justiça é bem redondinho, não há espaço para cenas desnecessárias ou  aprofundamento nos dramas dos personagens, apenas para comentários cômicos – que muitas vezes destoam do contexto, mas a intenção é válida.


O fato de o vilão Lobo da Estepe ter motivações clichês, rasas e idênticas aos da maioria dos antagonistas dos filmes recentes de heróis, como o Apocalipse de X-Men ou o Ultron de Vingadores, faz com que o foco seja direcionado aos super-heróis. A união de Batman (Ben Affleck), Mulher-Maravilha (Gal Gadot), Ciborgue (Ray Fisher), Flash (Ezra Miller) e Aquaman (Jason Momoa) são indubitavelmente o trunfo de Liga da Justiça.


Mesmo que as piadas de Flash não surtam sempre efeito em nós, ou não haja tempo suficiente para desenvolver uma conexão maior com Ciborgue, o carisma da amazona é suficiente para tornarmos um crente, para acreditar nessa primeira aventura conjunta dos maiores heróis do universo DC e no que virá pela frente.


Os probleminhas de execução e nos efeitos visuais (a remoção do bigode de Henry Cavill foi feita porcamente, hein! Rs) não chega a eclipsar aquele que é o ponto alto de Liga da Justiça: o retorno imponente de Superman. Tratado como um estrangeiro indesejado e tendo sua conduta questionada pelas pessoas em Homem de Aço e Batman Vs Superman, Kal-el ressurge como símbolo de esperança e união, não só para a humanidade e seus amigos superpoderosos, mas também para nós do mundo real e fãs de cinema, super-heróis e histórias em quadrinhos. Seja bem-vindo Superman, bom ter você de volta! 

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