O auge, a queda e a redenção do boxeador Billy Hope sustentam
a trama de Nocaute (Southpaw, 2015),
novo filme do diretor de Dia de
Treinamento, Antoine Fuqua, no qual é Jake Gyllenhaal o merecedor dos
aplausos e de futuras indicações nas premiações dos próximos meses. Apesar de
previsível, o longa tem “calibre” suficiente para figurar ao lado de outros
ótimos filmes de boxe como A Luta Pela
Esperança com Russell Crowe, O
Vencedor com Christian Bale e Guerreiro
com Tom Hardy.
A história inicia já com uma sequência nervosa dentro do
ringue. Aliás, os primeiros 45 minutos de Nocaute
jogam o público numa montanha-russa de emoções das mais variadas. No auge da
fama e da popularidade, Billy Hope é acometido por uma série de acontecimentos
avassaladores que mudam radicalmente a sua vida, tirando-o do pugilismo por um
tempo.
Obviamente, como manda a cartilha de um bom filme de boxe, o retorno do
homem ao ringue acontece, com uma luta acirradíssima e emocionante, mas a força de Nocaute não está no roteiro - pode estar até nos versos agressivos
das músicas do Eminem - mas é o protagonista e o seu intérprete quem dá um
show.
Jake Gyllenhaal, transformado fisicamente, acrescenta mais um
personagem marcante à sua trajetória sólida, com pouquíssimos trabalhos “irregulares”
e repleto de bons projetos e personagens icônicos. Ultimamente Gyllenhaal mostrou
a sua predisposição a papéis desafiadores em filmes notáveis
como O Homem Duplicado e O Abutre.
O rapaz, que eu sabia que era
talentoso e teria uma carreira promissora desde o juvenil O Céu de Outubro, de 1999 - bem antes de Donnie Darko - entrega-se de corpo, alma e músculos ao difícil papel
do boxeador Billy Hope, que tem tendências autodestrutivas, mas também muita
vontade de recomeçar e de lutar contra seus próprios demônios. Seja nas cenas
mais “explosivas”, dentro e fora do ringue, ou nas mais introspectivas e
emocionais, Jake Gyllenhaal encontra o tom certo, sem excessos.
Nocaute é um filme agressivo, intenso, centrado unicamente no
personagem de Billy Hope, sem deixar muito espaço para o elenco secundário, exceto para a novata Oona Laurence, que dá vida à filha de Hope e é responsável por
momentos comoventes que “derrubam” até
os mais “machões”.
NOTA: 8,0
Ótima análise!!!
ResponderExcluirBruno Paes.
Apesar de repleto de clichês, a mão do diretor da o toque suficiente para a realização de um bom filme. (Fuqua sempre utiliza bem os clichês).
ResponderExcluirBruno Paes
Tenho que ver esse filme o quanto antes!!!
ResponderExcluirEstou tentando voltar ao blog!
Grande abraço!
att,
André Betioli!
hehehe volta pro blog rapaz. Bom filme, tem que ver!!!!! Abraços
ResponderExcluirMuito bem Bruno, vc conhece bem o diretor né. Tá certissimo.
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