Joe Dante, o diretor de clássicos juvenis que a galerinha dos
30 e poucos anos adorava e não perdia na
Sessão da Tarde como Gremlins, Viagem
Insólita e Meus Vizinhos são um
Terror, “evoca” o espírito -
trocadilho intencional, rs - oitentista de suas obras famosas no seu mais recente filme, o
desconhecido Burying The Ex (Idem, 2014), um terrir dos mais agradáveis, uma comédia com toques de terror e que
homenageia os filmes B desse gênero.
Burying The Ex é uma dessas obras descontraídas e
deliciosas para se ver com os amigos ou com a família. Na trama, Max (Anton
Yelchin, de Star Trek) é um nerd
apaixonado por filmes de terror e que namora Evelyn (Ashley Greene, de Crepúsculo),
uma garota irritantemente “ecológica” e esnobe.
Após Evelyn jurar, diante de um artefato “diabólico”, que eles
ficarão juntos para sempre e antes de Max terminar o relacionamento, a moça
sofre um acidente e morre, mas este é apenas o começo. Numa cena que referencia
Carrie, A Estranha, Evelyn ressurge
da cova para continuar até a eternidade a relação com Max, que não gosta nada da versão zombie da sua namorada.
Burying The Ex é bem simples, não deve se
levar muito a sério, a história não tem nada de novo e em alguns momentos é
muito previsível, mas mostra que Joe Dante, que está há anos sem lançar um
filme, ainda mantém em suas obras o espírito juvenil e bem-humorado de seus
longas anteriores.
Além de a nostalgia estar estampada em cada frame do filme,
as referências ao cinema de horror clássico estão presentes nos diálogos, nos
filmes que Max assiste ou nos pôsteres no seu quarto, Burying The Ex também destaca-se pelo elenco, que está bem afinado em cena, principalmente Yelchin, Greene e Alexandra Daddario (belíssima).
A produção cumpre bem a sua função como um terrir, distrai e
diverte, mas Burying The Ex também é um filme sobre os entraves dos
relacionamentos - de qualquer tipo - na era contemporânea, afinal, a “vida a dois”, às vezes, pode ser tão assustadora quanto um
filme de terror. Assista ao trailer aqui.
NOTA: 7,0