"A vida seria infinitamente mais feliz se pudessemos nascer aos 80 anos e gradualmente nos aproximarmos dos 18’’. Mark Twain
Acho que muitas pessoas já pararam para pensar nessa fantasia de nascer velho e ir rejuvenescendo ao longo dos anos. Se não pensou, está imaginando isso neste momento em virtude do magnífico filme de David Fincher, O Curioso Caso de Benjamim Button.
Pessoalmente, concordo com o escritor americano Mark Twain. Se nascêssemos aos 80 anos e fossemos ficando jovens ao passar dos anos, não teríamos que nos preocupar com aposentadoria, rugas, quedas de cabelos, plásticas, doenças da velhice e outros milhares de infortúnios típico deste período da vida. Mas por outro lado, teríamos que conviver com um fator constante: a morte. Imagine você vê amigos e parentes morrendo, enquanto está indo na direção contrária? É, a morte é bastante presente na vida de Benjamim. Mas na sua vida inversa, o amor também está presente em toda a sua existência.
Aos setenta e poucos anos (eu acho) Benjamim encontra o amor de sua vida: Daisy, vivida pela competente Cate Blanchett, mas ela tem apenas 8 anos. É um amor que Button carrega a sua vida inteira, mas apenas em um breve momento de sua vida, eles podem ficar juntos.
Mas até essa fase de "felicidade plena’’ chegar, Benjamim descobre o mundo, entra num bordel, vai trabalhar num barco, conhece uma nadadora que cruza o Canal da Mancha e vai à Guerra. E tudo isso é contado da melhor maneira possível - os 159 minutos de projeção passam despercebidos.
É uma história fascinante, fabulosa, contada por um diretor imensamente talentoso e perfeccionista, Fincher imprime sentimento em cada detalhe, em cada cena, em cada enquadramento, e Brad Pitt, não é mais só um rosto bonito, sua interpretação é madura, firme e capaz de emocionar até uma pedra!
O Curioso Caso de Benjamim Button merece levar pelo menos dez, das treze estatuetas no Oscar no próximo dia 22 de fevereiro. Um filme para ver e rever milhares de vezes, e sempre com um lenço na mão!