Uma fascinante e real história contada em um telefilme
premiado e imperdível
premiado e imperdível
Na semana passada, Claire Danes ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz pelo telefilme Temple Grandin, longa da HBO feito especialmente para o canal. Fiquei curioso e resolvi assistir ao filme e fiquei surpreendido com essa pequena obra-prima da TV.
As duas Temples: a verdadeira e a da TV
O filme percorre a vida de Temple, da infância até a vida adulta, mostra o esforço de sua mãe em oferecer a ela uma vida “normal”, incentivando-a a frequentar escolas e uma faculdade, mesmo sendo autista, pois na época pouco se sabia sobre a condição.
Acompanhamos a protagonista com seu jeito incomum de andar, falar e pensar - sim, até a maneira de como ela pensa é mostrado aqui – a vencer os seus medos pessoais – ela tem o maior medo de portas automáticas - e o preconceito, não apenas por ela ser uma garota “diferente”, mas por se infiltrar num mundo geralmente dominado por homens, a pecuária. Também vemos Grandin lutar com muita persistência para tornar seus projetos de engenharia pecuária em realidade, escrevendo diversos artigos sobre o gado e seu comportamento no pré-abate e desenvolvendo projetos de engenharia mais “humanos” para o gado, a fim de que o animal não sofra nos momentos antes da morte.
A mulher que idealizou o abate humanitário
Claire Danes está impecável e bem à vontade vivendo a protagonista, nada lembra o seu papel em Romeu e Julieta. A transformação é radical, cabelo, vestimentas, jeito de andar e falar, ela simplesmente assume assustadoramente a personagem. Ver Danes "sumir" na personagem já é razão suficiente para conferir o filme.
Antes de subir ao palco para receber o prêmio no Globo de Ouro, Claire deu um emocionante abraço na verdadeira Temple Grandin – sim, ela já pode abraçar - que estava ao seu lado toda contente, certamente por ter inspirado a atriz a interpretar uma das personagens mais fascinantes da TV e por conhecer uma das mulheres mais extraordinárias do mundo.
Antes de subir ao palco para receber o prêmio no Globo de Ouro, Claire deu um emocionante abraço na verdadeira Temple Grandin – sim, ela já pode abraçar - que estava ao seu lado toda contente, certamente por ter inspirado a atriz a interpretar uma das personagens mais fascinantes da TV e por conhecer uma das mulheres mais extraordinárias do mundo.
A produção ainda ganhou cinco Emmys no ano passado, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor para Mick Jackson, que conseguiu fazer um drama biográfico, sem cair na armadilha do dramalhão cheio de clichês e apelativo emocionalmente, realizou uma obra divertida, leve e envolvente desde o primeiro minuto para contar uma história incomum, encantadora e que nos faz pensar bastante sobre nossas atitudes, deficiências e potencialidades.
Veja aí o trailer!