Retorno triunfante. Os mutantes voltam em filme charmoso, humano, divertido e você vai pedir bis
A notícia da renovação da franquia X-Men foi visto com uma certa desconfiança, pela crítica e pelos fãs da saga nos cinemas e nos quadrinhos, cujo temor maior era um desnecessário recomeço de uma trilogia que havia se tornado uma das melhores da história do cinema. Presumo que nem a Fox Films acreditava muito nesse reboot. A crítica estava com os dois pés atrás, e o público? Vixi...esse criticava qualquer notinha sobre a produção ou sobre qualquer ator escalado para o elenco.
“Apedrejamentos” desnecessários, pois Brian Singer – diretor dos dois primeiros X-Men – estaria na produção e Matthew Vaughn na direção. Matthew é desconhecido, mas dirigiu filmes ótimos como Nem tudo é o que Parece (2005) e Kick-Ass do ano passado. Então, X-Men: Primeira Classe (X-Men: First Class, 2011) estreia e a crítica especializada idolatra o longa de uma forma unânime. Um “cala a boca” daqueles bem alto para todas as pessoas que julgavam o filme, antes mesmo de ele chegar às telonas.
Os jovens Xavier e Erik, o futuro Magneto
Enfim, Primeira Classe é magnífico mesmo. Perfeito. Matthew dirigiu-o com pulso firme, dosando bem as cenas de ação empolgantes com momentos divertidos e bem humorados – ele só teve que se contentar em não mostrar muito sangue e diminuir a violência, algo comum em seus filmes, por causa do público-alvo. O elenco impecável, é um dos grandes destaques da produção, principalmente a dupla principal. James McAvoy (Procurado) e Michael Fassbender (Bastardos Inglórios) interpretam Professor Xavier e Magneto respectivamente. Ambos estão brilhantes em seus papéis, eles têm química, e a relação - e os diálogos - entre os dois é outro ponto positivo do longa.
Todo o elenco está excelente. Kevin Bacon, inspiradíssimo, como o vilão nazista Sebastian Shaw, Jennifer Lawrence (Rio Congelado), a Mística e Nicholas Hoult - o pervertido Tony da série Skins UK- como o Fera, também se destacam no núcleo juvenil.
Depois de Skins, Nicholas virou uma Fera
A história acompanha o início de tudo. Como os mutantes se encontraram. Vemos os jovens Xavier e Magneto se conhecerem, ficarem amigos, e vimos também o fim da amizade entre eles, causada por diferenças de pensamento e de personalidade - fato que é apresentado no filme de forma impressionante e muito emocionante.
Com Brian Singer na produção, o tema recorrente em X-Men e X-Men 2, a “aceitação” é o que norteia também este novo capítulo por meio de alguns personagens. O “aceitar” o que você é, é o drama vivido, por exemplo, pelos azuis Mística e Fera, descontentes com suas aparências físicas. Esse traço humano no enredo é o que torna X-Men: Primeira Classe um filme sobre relações humanas, e não sobre pessoas com super poderes.
Jovens mutantes!
Primeira Classe é entretenimento de qualidade e com conteúdo – relembre a Crise dos Mísseis, EUA x URSS x Cuba, das aulas de História com um viés mais divertido. Não é exagero dizer que é um dos melhores filmes do ano, ou talvez até, o melhor de toda a série. E nos faz até criar boas expectativas em relação ao reboot do Homem Aranha, ano que vem. Já estou aguardando com enorme ansiedade o próximo capítulo dos mutantes.
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