Exagerado e original, O Segredo da Cabana tira um sarro
dos filmes de terror
Preste atenção no clichê: Um
atleta, a loira gostosa, um viciado em maconha, a garota ingênua e o seu
interesse amoroso. Então, os amigos sobem numa van, param em um posto - sinistro, para variar – para abastecer o
carro, e finalmente, chegam ao seu destino
final, uma cabana no meio do nada. A partir daí, obviamente você já imagina o
que vai acontecer. Não, não estou falando de The Evil Dead, Sexta-Feira 13,
Halloween, Cabana do Inferno ou milhares de outros filmes de terror, embora a
premissa seja a mesma, me refiro ao longa O
Segredo da Cabana (The Cabin in the Woods, 2012), escrito por Joss Whedon,
diretor de Os Vingadores e dirigido
por Drew Goddard, de Cloverfield.
Chris Hemswoth, o Thor, também foi pra cabana.
O fato é, você sabe como o filme
vai se desenvolver, com toda aquela matança sangrenta típica de qualquer filme
de terror de cabana, mas não tem a mínima ideia como ele vai terminar. O
Segredo da Cabana é dividido em duas partes, a primeira parte é composta por dois
núcleos, aquele dos jovens na cabana, e um outro situado numa “empresa” de engenharia
e química no qual se concentram os personagens cômicos de Richard Jenkins e
Bradley Whitford. Certamente você ficará pensando, o que esses dois têm a ver
com o terror instaurado na cabana? Pois é, esta é uma questão que me recuso a
responder, por motivos óbvios, nem quero estragar a surpresa de quem ainda não
viu o filme e também não gosto de dar spoilers.
As cenas de horror na cabana
são tensas e dignas de um bom exemplar do gênero, porém, as passagens para o
segundo ambiente – a tal empresa - quebra totalmente a tensão e o suspense
causados pelos acontecimentos que se passam na cabana. E é por isso, que eu
delirei com a segunda parte do filme.
Participação de um parente próximo do Hellraiser.
Bom, infelizmente não posso falar
muito da segunda parte de O Segredo da
Cabana, mas me limito a dizer, a produção toma rumos inesperados e
exagerados, mas surpreendente, alucinante. No fim das contas, Whedon se utiliza
da metalinguagem para fazer uma homenagem - ou uma sátira? Ou os dois? - aos filmes de terror, mais especificamente, aos
filmes de cabana, e mais, dependendo do seu ponto de vista, O Segredo da Cabana também pode
ser visto como uma crítica feroz ao “feijão com arroz" que assola as produções do
gênero, por isso, os clichês propositadamente excessivos.
O Segredo da Cabana tinha previsão de estreia nos cinemas
brasileiros para este mês, mas infelizmente foi cancelado, possivelmente logo será
lançado direto em DVD. Mas isso não impede de você ver o filme não é?
Engenhoso e espalhafatoso, é assim que defino este longa-metragem, ideal para quem
busca um filme de terror diferente, peculiar.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPela seu texto o longa tem cara de ser paródia ao gênero, o que nos últimos rendeu muitos filmes ruins.
ResponderExcluirQuem sabe desta vez tenham utilizado novas ideias.
Abraço
Interessante... mas parodiar o gênero é bem arriscado. Preciso ver!
ResponderExcluirabraço
Pois é gente, este filme é bem peculiar, um pesadelo desenfreado do escritor, kkkkk.
ResponderExcluiradorei o filme! bem inovador.
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