Se há um filme capaz de tirar o
Oscar de Melhor Filme de La La Land, na premiação deste ano, ele se chama Moonlight:
Sob a Luz do Luar (Moonlight, 2016). A obra de Barry Jenkins sobre um rapaz
negro e solitário em busca do seu eu verdadeiro possui uma delicadeza de partir
o coração (esse termo pode ser piegas, mas é honesto).
A história do protagonista Chiron
é dividida em três capítulos, “Little”, “Chiron” e “Black”, cada parte
representa respectivamente a infância, a juventude e a vida adulta do personagem.
Introspectivo e de poucas palavras, Chiron é também alvo de valentões. Moonlight
inicia com o menino correndo de agressores e se trancando em uma casa
abandonada. Logo, o garoto é libertado por Juan (Mahershala Ali, de Luke Cage), que logo se torna uma
espécie de pai para Chiron. A ausência de uma figura paterna e o descaso da
mãe, mais interessada em drogas, contribuem para que a relação entre Juan e
Chiron se fortaleça, mas não diminui, portanto, a solidão do protagonista
durante a sua vida.