Sinto muito pelas pessoas, no
Líbano, que não poderão apreciar a estreia bem-sucedida e espetacular da Mulher-Maravilha
no cinema, por conta de um grupo que está boicotando o longa por uma razão que,
particularmente, não considero justificável: Gal Gadot já integrou o exército
israelense (algo que é obrigatório lá, homens e mulheres servem ao exército
após o período escolar), cujo país está há anos em conflito com o Líbano. Mulher-Maravilha
(Wonder Woman, 2017) é o filme de heroína que a DC, o cinema, o mundo estava
precisando. É o melhor filme da DC desde O Homem de Aço (2013) – apesar dos exageros, considero a obra de Zack Snyder um
filmaço, tão grandioso quanto o próprio herói.
Gal Gadot, uma atriz quase
desconhecida, fez um papel pequeno na franquia Velozes e Furiosos, calou a boca de muita gente no ano passado –
que criticou a escolha dela para o papel da heroína – quando ela, vestida já
como Mulher-Maravilha, roubou os holofotes de seus companheiros heróis em Batman Vs Superman. Desde então, as expectativas aumentaram e
felizmente elas foram correspondidas. A Diana de Gadot é encantadora, meiga e
uma guerreira destemida quando o momento exige.