O Inverno já está quase aí, mas 2017 já nos deu tantas séries maravilhosas e imperdíveis que resolvi listá-las já, antes do final do ano (época das tradicionais listas de melhores e piores do ano)!!!! Confere ai!
The Leftovers – A série intrigante e audaciosa de Damon Lindelof
(Lost), cuja premissa se baseia na
partida repentina de 2% da população, chegou ao fim e, sim, todas as
respostas foram dadas. A forma como se
esclarece o principal mistério da série é inteligente e ousada, causando no
espectador emoções díspares. Com 3 temporadas, cada uma delas com atmosfera distinta, mas sempre com a história do Arrebatamento de fundo, The Leftovers (HBO) tinha como
trunfo os fortes dramas e seus respectivos personagens, como Kevin (Justin
Theroux) e Nora (Carrie Coon), não por acaso, o último episódio centrado nos
dois representa o ápice da jornada vivida por ambos, e como tal, não
poderia ser mais emocionante, mas com um toque de desconcerto.
Big Little Liars – Também da HBO,
esta foi uma das surpresas do ano. Com um elenco feminino poderoso formado por
Nicole Kidman, Reese Whiterspoon, Shailene Woodley e Laura Dern e direção dos
sete episódios por Jean-Marc Vallée (Clube de Compras Dallas), a minissérie
mistura trama de mistério envolvendo um assassinato com dramas que abarcam
desde violência doméstica e casos extraconjugais até confusões escolares com os
filhos das “perfeitas” mulheres da pacata cidade de Monterey.
The Handmaid´s Tale – Provavelmente
a série mais incômoda e chocante do ano. É inevitável não nos revoltarmos com o
mundo opressivo e violento no qual vive Offred (Elisabeth Moss, prêmios para
ela), uma Aia encarregada de prover filhos para seus patrões. A redução do
papel da mulher a ser reprodutor ou apenas de objetificação, preconceito contra
homossexuais, governo autoritário que usa de religião para cometer assassinatos
e repreensões são algumas das questões abordadas na série, que já aviso, não
é destinada a qualquer um.
Cara Gente Branca – Com muito
humor e sarcasmo, mas sem perder de vista o principal objeto de discussão da
série: o preconceito racial e a forma como ele é tratado na sociedade, esta
série da Netflix põe o dedo na ferida, contorce e afunda mais o dedo sem dó
alguma. A questão aqui é apresentada explicitamente. Chega de subliminaridades. São 10 rápidos e deliciosos episódios discutindo questões sérias e tantas
formas de racismo que, quer queira ou não, estão enraizadas na sociedade. Cara
Gente Branca é um tapa na cara, um despertar para a autorreflexão, a empatia, o
respeito. Uma série obrigatória em tempos atuais.
The Young Pope – Descrente, mas bonito, narcisista, mas charmoso, antiliberal, perverso, imprevisível,
avesso à mídia e dor de cabeça para o setor de Marketing, esse é o Papa Lenny
Belardo, vivido divinamente por Jude Law. A série começa com o Papa assumindo
seu posto de Pio XIII, ninguém o conhece e isso gera desconfiança entre os
cardeais, ninguém – nem a gente – sabe o que esperar do jovem
Papa, e desse contexto vem momentos bem engraçados. Politicagem, mistérios e
abordagem de questões dolorosas para a Igreja, como homossexualidade e aborto, fazem desta
a série que você não esperava, mas é estranhamente cativante, belíssima em todos os sentidos, que traz uma mensagem de fé, do poder de acreditar em si mesmo. O último sermão do Papa, como dizem nas missas, é regozijador.
Legion – Esta obra é um “respiro
de originalidade” dentre as incontáveis séries de super-heróis que existem na
TV e na Netflix. Não desmerecendo nenhuma delas, mas Legion é singular, por
muitos motivos, mas principalmente por trazer uma narrativa profundamente psicológica,
passada quase inteiramente dentro da mente de David (Dan Stevens, de A Bela e a
Fera e The Guest), um poderoso mutante que desconhece seus poderes. Aposta do
canal FX no universo dos super-heróis, Legion, criada pelo inventivo Noah
Hawley (Fargo), não é simples de se assistir, traz uma trama intrincada, mas
tem uma liberdade estética incrível, ausente em outras séries do gênero.
Santa Clarita Diet – A primeira
surpresa do ano da Netflix. Não tinha a menor expectativa quanto a essa série
de Drew Barrymore zumbi. Mas vi toda a temporada num piscar de olhos, misturando horror, gore e comédia de humor ácido,
a trama sobre uma mãe de família, que vira zumbi e começa a se alimentar de
humanos e altera toda a rotina da família, traz um monte de situações bizarras e
engraçadíssimas ao mesmo tempo. Impossível ver apenas um só episódio, ainda mais com o carisma da eterna pantera Drew.
Chewing Gum – Devota de Deus e de
Beyoncé, Tracey (Michaela Coel) tem 24 anos, sua família é daquelas bem
religiosas e ela está louca para perder a virgindade, infelizmente seu noivo não
mostra o mínimo interesse por sexo. Essa é a premissa dessa série inglesa irreverente,
nonsense e absurdamente divertida, cuja 2ª temporada chegou ao catálogo da
Netflix no início do ano. A protagonista nos arranca risos sem se esforçar,
imagine quando ela se mete nas situações mais inusitadas, geralmente ligadas às
suas descobertas sexuais. Chewing Gum é a série que você precisa ver e morrer
de rir. Assista ao trailer!
Outras ótimas séries do ano: Riverdale,
This is Us, Fargo, 13 Reasons Why (crítica aqui), Desventuras em Série.
Confira a lista definitiva: Melhores séries de 2017!
Confira a lista definitiva: Melhores séries de 2017!
Para mim a melhor série é Big Little Lies. Desfrutei muito pelo bom enredo e narrativa. Acho que a história nos surpreende. O elenco é incrivel! É uma das séries com Laura Dern que eu mais gostei até agora. Lembro dos seus papeis iniciais, em comparação com os seus trabalhos atuais, e vejo muita evolução, mostra personagens com maior seguridade e que enchem de emoções ao expectador como eu li na Resenha do conto. Sendo sincera eu acho que a sua atuação é extraordinária. Recomendo! A verdade vale a pena. Se vocês são amantes da atriz e das boas histórias de drama é um filme que não devem deixar de ver.
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