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24 de fevereiro de 2012

Filmes que NÃO mereceram o Oscar!



Domingo, dia 26, é dia de Oscar. E por isso resolvi fazer um post especial, não com os filmes vencedores ou sobre os injustiçados pela Academia, cuja lista é infinita, mas com algumas "burradas" da premiação mais importante do cinema. O tema aqui é sobre aqueles filmes que ganharam o maior prêmio da noite, o de Melhor Filme, injustamente. Nas linhas seguintes, jogarei toda minha frustração e indignação em relação a esses equívocos inesquecíveis. 


Crash -  No Limite (2005) – Podem me apedrejar à vontade, mas a credibilidade da premiação desceu ralo abaixo ao dar o Oscar de Melhor Filme para este drama irregular com cara de thriller que passa no Supercine. Até Jack Nicholson, que apresentou o prêmio,  não acreditou  no que estava lendo e quando abriu o envelope, ele soltou um “Uau”, sua reação por si só, já diz bastante coisa. Estranhamente, o Oscar de Melhor Diretor ficou com o Ang Lee, pelo excelente O Segredo de Brokeback Mountain. Este prêmio nos enganou, pois geralmente quem ganha o prêmio de Direção, vence na categoria de Melhor Filme também, mas não foi o que aconteceu. Bom, o maior concorrente de Crash era Brokeback Mountain, um drama melancólico de temática gls. Não é preciso dizer mais nada.




Shakespeare Apaixonado (1998) – Outro caso similar. Este longa ganhou na categoria de Melhor Filme, mas perdeu a de Melhor Diretor. Este prêmio foi para Steven Spielberg, merecidamente pelo O Resgate do Soldado Ryan, que deveria também ter vencido ao invés dessa comédia romântica insossa. Shakespeare Apaixonado não é ruim, mas o drama de guerra é sem dúvida, mais perfeito que este. Nós, brasileiros, temos outra razão para não gostar desse filme,  Gwyneth Paltrow roubou o Oscar de Melhor Atriz que deveria ser da nossa querida Fernanda Montenegro, pelo papel em Central do Brasil. Foi um ano péssimo e repleto de filmes chatos.




Uma Mente Brilhante (2001) – Esta biografia de John Nash interpretada brilhantemente por Russel Crowe é o típico filme-Oscar, bem redondinho, baseado numa história real, com um protagonista excêntrico e tal. O longa levou 4 prêmios, incluindo Melhor Filme, mas ele tinha um concorrente de peso e bem superior,  uma obra inovadora, psicodélica e colorida  que ressuscitaria um gênero que por um longo tempo permaneceu no limbo, o musical. Estou falando da obra-prima  de Baz Luhrmann,  Moulin Rouge. Após este musical pop estrelado por uma linda Nicole Kidman, o cinema não foi mais o mesmo,  suas influências perduram até hoje.





Carruagens de Fogo (1981) -  Vi este filme há algum tempo, e ao término da fita não encontrei motivos para ele ter vencido na categoria Melhor Filme. Penso eu, se este  foi o vencedor, imagina o naipe dos concorrentes.  Este tipo de pensamento não vale muito para o Oscar, como já podemos perceber no histórico apresentado aqui, mas havia sim um grande filme no páreo naquela época, Os Caçadores da Arca Perdida, de Steven Spielberg. Então você me pergunta: Um blockbuster? Sim, e daí? O fato de ser um blockbuster não significa que ele não possua qualidades. Premiar um filme de aventura, uma grande produção que não tenha um tom sério, ainda continua sendo o maior preconceito dos vovôzinhos da Academia. Eles temem que a seriedade da premiação fique comprometida. Oh please! O filme de Indiana Jones  é uma aventura perfeita, bem dirigida, e muito melhor que esse e todos os outros indicados.





Guerra ao Terror (2009) -  Podem me processar, mas o Oscar deveria ter ido para Avatar. Este drama sobre homens anti-bombas – que ninguém viu – funcionou mais como um pretexto para laurear a diretora Katryn Bigelow, pois ela se tornou a primeira mulher a ganhar o prêmio de Direção. Ok, Katryn mereceu o “careca dourado”, mas o troféu de Melhor Filme tinha que ir para Avatar. O longa de James Cameron merecia não só porque faturou alto e encheu o cofre dos executivos de Hollywood, e que por causa de seu sucesso absurdo, milhares de filmes pequenos devem estar recebendo financiamento até hoje. Outra coisa,  a inegável contribuição que a  película representou para o cinema, não falo apenas do 3D mas de toda a tecnologia desenvolvida para a aventura dos povo azulado. Ah, e ainda tem todo aquele discurso ambiental tão em voga atualmente. Mas esbarramos naquela questão novamente. O preconceito contra os  filmes de grande orçamento. Os votantes da Academia ainda possuem uma visão conservadora, limitada e acanhada do mundo cinematográfico, e isso deve mudar o mais rápido possível.  Nesse mesmo ano, até a vitória de Bastardos Inglórios, de Tarantino, seria mais justa, mas acho que tinha sangue demais para os engravatados. Mas agora me digam, passaram-se já 3 anos, alguém ainda se lembra, ou assistiu  Guerra ao Terror?



Minha aposta para o Oscar de Melhor Filme deste ano vai para Os Descendentes, Meia-Noite em Paris e  A Invenção de Hugo Cabret. Mas se O Artista levar o troféu, não será tão ruim assim. 

4 comentários:

  1. Tudo tava indo bem, até dizer que Avatar devia ter ganhado, ao invês de Guerra ao Terror. Guerra ao Terro mereceu ganhar porque é muito mais filme que Avatar, que só tem efeitos especiais, e um enredo mais vazio que Todo Mundo em Pânico...

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    1. Hehehe, obrigado Matheus pelo comentário, que bom que pensamos diferente.

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  2. Avatar é 80 vezes melhor que guerra ao terror... Não há comparação. Mas o soldador ryan não ter levado foi um erro histórico, até hoje a academia não entendeu.

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    1. Pois é, Academia continua com essa mania de dá premio de Melhor Filme pra um filme que ninguém viu hehehe, tipo Moonlight, enquanto dá todos os outros para o filme favorito da época.

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