A corridinha de George Clooney
pelas ruas da vizinhança em Os Descendentes, já é o suficiente para ele
levar o “careca dourado” de Melhor Ator no próximo dia 26 de fevereiro na
cerimônia do Oscar.
Clooney está estupendo, despido da
imagem de galã e daquele sorriso encantador que ele sempre está exibindo frente às câmeras, não que ele seja exibido, é pura simpatia mesmo. Não sei por que a
imprensa adora “superlativar” as coisas, afirmando que esta é “a melhor atuação da carreira de Clooney”,
porque não é, é sim, mais uma das suas
brilhantes atuações, ele também estava muito bem em Syriana, Amor sem Escalas, Onze Homens e um Segredo...
Bom, esse enfoque exacerbado no ator,
que ás vezes até esquecem o filme propriamente dito, rendeu um bem humorado
cartaz publicado no site The Shiznit, no qual
cartazes dos longas indicados ao Oscar recebem “frases divertidas” e muito sinceras sobre os favoritos da
premiação. O pôster de Os Descendentes, nesta versão irônica (foto abaixo), vem com os dizeres: “Olhe, George Clooney é
um bom ator”. Quer saber o que os outros cartazes dizem? Clique aqui! O resultado é hilário.
Retornando ao tema principal. Ok,
o ator/diretor está excelente em Os Descendentes (The Descendants, 2011), é
fato, mas não carrega o filme sozinho. Shailene Woodley, que interpreta Alex, a filha
adolescente de Matt King (Clooney), também brilha ao lado do galã, seja nos
momentos dramáticos ou nos cômicos. A garota já pode ser considerada um
“tesouro” encontrado, e com um futuro promissor na telona, já que na telinha, ela
já é um pouco conhecida, é protagonista
da série teen, A Vida Secreta de uma Adolescente Americana.
George e Shailene: química irretocável.
E o filme? Bom, indicado a cinco Oscars (Filme,
Ator, roteiro adaptado, montagem e diretor para Alexander Payne) Os Descendentes narra o
drama de Matt, descendente de uma família rica e advogado, que tem de lidar com
as duas filhas mal educadas e “auto
destrutivas”, depois que sua mulher sofre um acidente e entra em coma. A
situação piora quando ele descobre que a mulher o estava traindo. O que ele
faz? Ele sai correndo pelas ruas da vizinhança. Esta cena bastante divertida, é
desde já antológica, inesquecível.
A relação entre
Matt e as filhas sempre foi algo distante, por isso há um esforço de sua parte em educá-las, além de se "espantar" ao perceber o quanto são desbocadas. Este é o plot
principal da película, e responsável pelos momentos de risos e choros.
Quem disse que é fácil ser pai?
Apesar de ser um drama, e abordar temas nada fáceis,
a trilha sonora suave e havaiana e o cenário paradisíaco do Havaí como pano de
fundo, faz desse favorito ao Oscar, um filme gostoso de ver, leve, descontraído, simples. Payne merece todo o crédito por contar – com
sucesso - uma história singela, acima de tudo, humana, sobre temas tão
subjetivos como o autoconhecimento, a paternidade, tolerância, questões
financeiras e principalmente, sobre aquele momento quando a vida pede algumas mudanças.
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