Banana. O título e o pôster aí são bem sugestivos, não é? Errou se você pensou que este post é sobre uma série
gastronômica (rs). Banana é um seriado gay britânico e de autoria do Russell T.
Davies, o mesmo criador de Queer as Folk, a série gay mais cultuada e bem-sucedida a abordar este universo.
Banana não é uma obra isolada, ela vem acompanhada de duas
outras séries que têm personagens interligados, Cucumber (pepino em
português!!!) e Tofu. Cucumber discute os
dramas dos homens mais maduros, a trama é focada em Henry, um homossexual de meia-idade,
mas ainda perdido na vida. Já Tofu é um documentário exibido na plataforma on
demand do Channel 4 e mostra pessoas falando abertamente sobre sexo. Cucumber não me conquistou e Tofu, eu não vi, já
Banana, a parte dedicada aos dramas exagerados da juventude, muito me agradou.
Obs.: Os títulos curiosos
das séries são baseados em um estudo científico que classificou a ereção masculina
conforme a sua rigidez e que segue exatamente essa ordem – Tofu, Banana e
Pepino (!!!!). Então...
A primeira temporada de Banana tem oito episódios - já exibidos no Reino Unido - e duram em média, 22 minutos. A série ainda
segue o estilo da ótima e irreverente Skins, é uma antologia, ou seja, cada
episódio é dedicado a um personagem específico.
Assim como Skins e outras séries teens do canal E4, Banana é
crua e realista, narra os dramas de
jovens gays e lésbicas sem maquiagem, de forma escancarada, irreverente e sem
receio algum em explorar temas sensíveis ou mostrar cenas explícitas de sexo.
Aiden, Helen e Josh: personagens dos episódios 7, 4 e 5 respectivamente
Como o episódio dura em média 20 minutos, a história e o
personagem principal precisa nos conquistar na metade desse tempo, e nisso, o
roteiro de Banana é muito eficiente. Há personagens que nos cativam em menos de
cinco minutos. São oito boas e envolventes histórias, mas há aquelas que se
destacam e nos surpreendem, como o episódio chocante em que uma transsex é
perseguida pelo ex-namorado e tem sua intimidade exposta na internet.
O episódio em que uma garota se apaixona por uma mulher madura e casada é muito bonito e tocante. Outro capítulo marcante e muito poético é o da personagem Amy, uma jovem estilosa mas com alguns transtornos, ah e ainda tem o episódio 7, no qual Frank, um rapaz fazendeiro fora dos padrões de beleza estabelecido pela sociedade (gay), se encanta pelo bonito e garanhão Aiden, que está mais interessado em corpos perfeitos e aventuras sexuais passageiras com estranhos. As histórias podem ser pessimistas demais, em alguns casos, mas a vida não é sempre um mar de purpurina, não é?
O episódio em que uma garota se apaixona por uma mulher madura e casada é muito bonito e tocante. Outro capítulo marcante e muito poético é o da personagem Amy, uma jovem estilosa mas com alguns transtornos, ah e ainda tem o episódio 7, no qual Frank, um rapaz fazendeiro fora dos padrões de beleza estabelecido pela sociedade (gay), se encanta pelo bonito e garanhão Aiden, que está mais interessado em corpos perfeitos e aventuras sexuais passageiras com estranhos. As histórias podem ser pessimistas demais, em alguns casos, mas a vida não é sempre um mar de purpurina, não é?
Apresentar a sexualidade do ponto de vista dos jovens é o grande mérito de Banana, com personagens intensos e contos que nos suscitam a
reflexão. A série diverte e celebra o amor e o sexo sem rótulos, de um jeito muito
peculiar e com aquela inquietação boa e típica da juventude.
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