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13 de maio de 2017

Alien: Covenant


Há cinco anos Ridley Scott retomava a franquia Alien com Prometheus, uma obra indigesta e confusa, ninguém “abraçou” o teor existencialista da ficção que apresenta apenas ameaças e promessas (não cumpridas). Agora, em Alien: Covenant (2017), Scott faz o oposto e literalmente “toca o terror” em um filme visceral e sangrento.

Alien: Covenant não é melhor ou tão bom quanto o original de 1979 (a crítica especializada é muito ingênua ao esperar isso), na verdade, não precisa ser, o mais importante é que Covenant é muito superior a Prometheus. E isso já basta.


Na trama, tripulantes da nave Covenant recebem um sinal estranho de um planeta desconhecido e vão até lá para descobrir a origem do sinal. Mas chegando lá, a expedição transforma-se em um filme de horror, e Covenant torna-se uma obra no estilo “alien correndo atrás de humanos”. Embora eu tenha gostado dos momentos “gore”, a direção de Scott peca pela falta de suspense e sadismo (já que se encaminhou por esse gênero...). Nesse sentido, o subestimado sci-fi Vida (Life) é bem mais inspirado e bem-sucedido, e ouso afirmar, no quadro geral, é muito melhor que Covenant.

Outro ponto que me agradou bastante foi a opção por escancarar a criatura, convenhamos, cinco filmes foram suficientes para esconder o alien na penumbra, já que a trama explica a origem da marcante forma do alien que conhecemos há tempos, é coerente que Covenant não tenha medo de mostrar a criatura com prazer, orgulho e detalhes que nos assombram.


Os personagens/elenco não são o mesmo de Prometheus, a protagonista Daniels – Katherine Waterston, de Animais Fantásticos e Onde Habitam – escolhida para ser a Ripley da vez, não convence e/ou causa empatia. Mas, o único personagem realmente fascinante da obra anterior retorna e, mais uma vez, é a melhor coisa do filme: o androide David, protagonizado com uma dedicação espantosa por Michael Fassbender. Cabe a ele também, a breve, mas instigante, discussão sobre o homem que brinca de deus e o eterno embate do ser humano versus máquina.

Por fim, Alien: Covenant é um bom filme, se você não tem grandes expectativas, eu apenas esperava que fosse melhor que Prometheus, e é. 

Um comentário:

  1. Ridley Scott é um gênio de tudo que engloba o gênero de ficção científica. Alien é um clássico de terror, como Blade Runner, e falando sobre isso, acho que a sequência foi muito boa. Na minha opinião, Blade Runner 2049 foi um dos melhores filmes ficção cientifica que foi lançado. filme superou as minhas expectativas, o ritmo da historia nos captura a todo o momento. Adorei está história, por que além das cenas cheias de drama e efeitos especiais, realmente teve um roteiro decente, elemento que nem todos os filmes deste gênero tem.

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