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5 de março de 2011

JAMES DEAN

James Dean é um filme desconhecido sobre o ícone do cinema interpretado brilhantemente por James Franco




Antes de ficar 127 horas preso nas rochas como o alpinista Aron Ralston, ser apresentador no Oscar 2011, viver um ativista gay com cabelos enrolados em Milk e ser amigo de Peter Parker na trilogia Homem Aranha, James Franco já chamava a atenção. Há dez anos ele ganhou o Globo de Ouro de melhor ator pela sua atuação no telefilme James Dean. Uma cinebiografia em que James interpreta o outro James de maneira extraordinária. Dez anos e muitos filmes depois, e hoje Franco mostra-se como um dos mais versáteis atores do cinema atual.


Dirigido por Mark Rydell, o longa James Dean (2001) narra a conturbada infância do ator, seus conflitos com o pai, suas ascensão em Hollywood até a sua morte trágica e precoce num acidente de carro. Porém, a personalidade complexa de James e seu comportamento imprevisível é a grande atração da fita.


James:  o Franco e o Dean


James Byron Dean não era um ator comum. Separar a vida real da fictícia era seu grande problema, e também sua maior qualidade. Sua atuação, às vezes era intensa demais e chegava até a assustar seus companheiros de cena. Essa intensidade decorria da relação conflituosa com seu pai, que o abandonou ainda criança, após a morte de sua mãe, e sempre o tratava com desdém. Jimmy apenas queria que seu pai orgulhasse de sua carreira e que visse, ao menos, seus filmes. Essa relação tempestuosa durou quase a vida inteira, tornando James uma pessoa excêntrica, inconsequente e incompreendida. Um rebelde. O filme enfatiza mais no lado psicológico do ator e na relação pai-filho, dando espaço para uma interpretação espantosa de James Franco.



Dean e seu sonho de consumo: o Porsche


O telefilme mostra também a relação de Dean com os diretores e seu comportamento nos sets de filmagem de seus únicos 3 filmes: Vidas Amargas, Juventude Transviada e seu último longa, Assim Caminha a humanidade, que ele nem chegou a vê-lo pois morreu antes de sua estreia.

No seu porsche, minutos antes da tragédia!


O filme


Prós: A atuação de Franco, claro, e o próprio filme, pois ele resume bem a carreira meteórica do ator e explora bem a sua personalidade. Uma obra que deve ser vista por quem deseja conhecer a vida do ator que deixou sua marca na cultura pop, que se foi um pouco cedo, mas que até hoje ainda é lembrado.



Contra: Esse telefilme é raro. Feito especialmente para TV, é difícil de achá-lo até na web. OK, ele pode ser encontrado para download, mas com legendas em espanhol ou sem legendas em português. Domina o inglês ou o espanhol? ÓTIMO então. Mas fica a dica, uma versão em DVD cairia bem, já que James Franco está no auge e é um dos queridinhos de Hollywood.




Mas se você quiser ver o ator em mais um desempenho inspirado e que lhe rendeu até indicação ao Oscar nesse ano, corra aos cinemas e assista 127 Horas. O filme do excelente diretor Danny Boyle (Extermínio, Quem Quer ser um milionário...) é angustiante, realista e emocionante, baseado numa história verídica e incrível. Ah, e tem uma trilha sonora bem bacana.

Franco como o alpinista Aron Ralston, em 127 horas


Momento WTF?: Tem gente desmaiando em exibições do filme, não sei por que, a cena da amputação passa tão rápido que nem dá tempo de sentir algo. Esse povo anda sensível demais. Querem passar mal? Vejam Anticristo, de Lars Von Trier. Aí sim, vão desmaiar e ficarão em coma por 10 anos.

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