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28 de agosto de 2011

Os filmes mais injustiçados - Parte 2




E segue a lista dos filmes mais ignorados ou esquecidos do grande público ou pela crítica.  A lista inclui uma comédia polêmica, um drama melancólico, uma ficção sombria e um suspense de primeira. 



Dogma (1999)




Essa comédia de Kevin Smith causou um rebuliço imenso entre os católicos. O filme teve sua exibição proibida na maioria dos cinemas – principalmente nos multiplexes de shoppings. A Igreja Católica proibiu a sua exibição em todo o país - um exagero! Enfim, a polêmica é porque a trama narra a história de dois anjos (interpretado por jovenzinhos Matt Damon e Ben Affleck) que foram expulsos do céu e que para voltar, eles precisam achar uma “brecha” no dogma da igreja! 

A Igreja é forte demais para ser abalada por um simples filme de ficção, por que tanto medo? Nem quero saber, mas o que interessa é que o longa é muito divertido, um pouquinho violento, tem um ótimo elenco, e ainda temos Alanis Morrissette (foto) no papel de.... Jesus! Infelizmente, devido à grande polêmica, Dogma, ao menos no Brasil, nunca foi lançado em DVD.

O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford (2007)





Tem o Brad Pitt com uma interpretação assustadora - talvez a melhor atuação de sua carreira - e melancólica de Jesse James e que já vale o filme inteiro. Mentira, o filme não é só de Pitt, Casey Affleck, que interpreta o assassino Robert Ford, está incrível, ele até foi indicado ao Oscar naquele ano. Mas o Brad foi ignorado pela Academia, assim como o filme e o diretor Andrew Dominik.

O Assassinato passou despercebido pelos cinemas, o que é uma pena, talvez por ser mais centrado na relação entre James e Robert, ser mais melancólico e psicológico e ter menos ação - sim , esse é um ponto positivo. Porém, é um belíssimo filme, Pitt consegue dizer algo com apenas um olhar, é espantoso, ademais, a obra tem uma linda fotografia que casa bem com as paisagens bucólicas.


Cidade das Sombras (Dark City, 1998)


Filme sombrio considerado – hoje em dia - uma mistura de Matrix e O Show de Truman. Cidade das Sombras foi lançado antes de Matrix, logo não pensem que é uma cópia, talvez seja o contrário, quem sabe as Wachowski tenham emprestado algumas ideias dessa engenhosa ficção estrelada por Jennifer Connelly e Rufus Sewell. 

Cidade das Sombras é dirigida por Alex Proyas, na época em que fazia bons filmes, como o ótimo O Corvo. Numa cidade onde é sempre noite, Murdoch (Sewell) é perseguido por seres tenebrosos e que sempre à meia-noite faz a cidade parar e as pessoas dormirem para roubar as suas lembranças, mas Murdoch é o único que fica acordado, enquanto a cidade dorme e seres carecas alteram toda a sua estrutura. Excelente filme, a estética inovadora e surreal é seu maior trunfo, mas também pode ser o motivo pelo fracasso do filme nas bilheterias lá fora e sua consequente queda no "abismo do esquecimento" do público brasileiro.



A Espinha do diabo (El Espinazo del diablo, 2001)




A primeira obra-prima de Guillermo del Toro, antes da sua segunda, O Labirinto do Fauno. E esse também é protagonizado por uma criança. Sim, Del Toro gosta de colocar doces crianças em situações assombrosas. A Espanha está passando por um período turbulento, é época de Guerra Civil, e Carlos, um menino de 12 anos, é deixado num orfanato situado no meio do deserto. 

Lá, o garoto começa a ver gente morta, quer dizer, ele começa a ser perseguido por um fantasma de um outro menino, com sangue pairando sobre sua cabeça. Bom, a trama pode parecer nada original, mas a história trilha caminhos dramáticos e violentos, envolvendo os personagens adultos. No fim, o fantasminha será a coisa menos assustadora do filme. A Espinha do Diabo é o tipo de filme que mereceria igual notoriedade de O Labirinto, mas quase ninguém o conhece, é uma obra surpreendente, que assombra e emociona o espectador ao mesmo tempo.

Confira a PARTE 1 dessa lista.

16 de agosto de 2011

Super 8: Um super filme no estilo anos 80!




J.J. Abrams homenageia Steven Spielberg, as clássicas aventuras dos anos 80 e mais, o cinema, em seu novo e ótimo filme Super 8 (2011). O logo da Amblin nos créditos iniciais rapidamente nos remete a filmes como E.T., aliás, tudo em Super 8, propositalmente nos dá essa sensação de nostalgia, a trilha sonora, um elenco mirim como protagonista e o clima de mistério nos faz voltar àquela década, época de memoráveis filmes juvenis como o já citado E.T., Contatos Imediatos do Terceiro Grau - ok esse é do final do anos 70 mas entra na lista também - , Os Goonies, Conta Comigo, e muitos outros. 




O enredo? Bom, lembra muito, mas muito o filme do “telefone-casa-telefone” – é, E.T. O extraterrestre – e como já disse, é uma homenagem às produções da época, e das boas. Liderado pelo ótimo ator Joel Courtney, um grupo de amigos estão tentando fazer um filme de terror com uma câmera super 8, numa estação, quando um trem descarrilha bem perto dos garotos colocando todos em perigo extremo. É aí, que somos presenteados com uma das melhores sequências de acidente de trem do cinema. A sequência é tensa e impressionante!





Após o acidente, a cidade vira um caos, o exército aparece destruindo tudo, objetos e pessoas começam a desaparecer. E o grupo de garotos continua com as gravações do seu filme, aproveitando até a condição da cidade e usando-a como pano de fundo.



Nem é bom falar muito de Super 8, mas vale ressaltar que o clima de mistério aumenta gradativamente - fala sério, isso Abrams é expert hein! - e revela um filme de ficção científica sobreposta por uma história de romance e amadurecimento - principalmente entre os personagens Joe e Alice, protagonizada por Elle Fanning – e sobre crianças que amam o cinema, e que farão de tudo para terminar de rodar a película sobre ataques zumbi.




Super 8 é misterioso, nostálgico, engraçado, equilibrado, bem ao estilo dos filmes da antiga Sessão da Tarde, é também um dos poucos filmes bons lançados nessa época de blockbusters, um dos melhores longas do ano. Não sei você, mas sou fanzaço de J.J. Abrams, e até agora ele acertou a mão em todos os filmes que dirigiu ou produziu como Missão Impossível 3, Cloverfield e Star Trek, e claro, ele também é o responsável pelas cultuadas séries Lost e Fringe, mas se um dia ele errar, certamente não será algo tão ruim assim. Já estou ansioso por Star Trek 2, seu próximo projeto cinematográfico.
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