“Estou feliz por nosso filho ter quebrado a cara do seu, e
eu limpo minha bunda com os seus direitos humanos”. Nancy (Kate Winslet)
Um incidente entre dois garotos causa
o maior rebuliço entre os seus pais. Esta é a premissa do novo filme do polêmico diretor Roman Polanski (O Escritor Fantasma, O Pianista), Deus da Carnificina (Carnage,
2011), o elenco é estelar, Kate Winslet,
Jodie Foster, Christopher Waltz e John C. Reilly dividem o mesmo espaço na tela
durante os 80 minutos da fita.
O enredo se passa em um mesmo
ambiente, na casa de Penelope e Michael (Foster e Reilly respectivamente), pais
do menino agredido pelo filho de Nancy e Alan (Winslet e Waltz). O filme inicia
com os quatro reunidos para conversar sobre o ocorrido. A ideia é ter uma conversa
conciliadora e pacífica, mas a reunião toma rumos inesperados, cria-se na sala
de estar um campo de batalha verbal expondo as fraquezas do casamento e as
diferenças de cada um deles.
Elenco de qualidade!
Penelope (Foster) é a
politicamente correta, pensa que o filho da colega tem que ser punido, enquanto
Alan (Waltz) acha que seu filho não fez nada de mais, e que agressões fazem
parte da infância, sua mulher, Nancy (Winslet) é a recatada da história, mas
ninguém a segura depois de umas doses de Whisky, e Michael (Reilly), marido da
personagem de Jodie, é o inconveniente da turma, e constantemente repreendido
pelos outros por ter abandonado o hamster da filha na rua.
Personalidades tão distintas
só acaloram a discussão que começa calmamente, a troca de farpas é civilizada,
ambos pais atuam de maneira bem imparcial acerca do ocorrido, falam sobre o
comportamento dos filhos e tentam criar maneiras de resolver isso, mas o assunto
e a atitude dos quatro vai se alterando aos poucos, e tudo sai do controle após
a entrada em cena de uma garrafa de whisky, cada um querendo se isentar da culpa
e responsabilidade pelo incidente com seus filhos.
Os pais que sentem culpa pelo comportamento do filho.
Deus da Carnificina não é o
melhor trabalho de Polanski, mas é um drama eficiente, ótimos atores, tem boas cenas
cômicas, porém, é mais indicado para cinéfilos, por se tratar de um filme de
atuação, amparado por diálogos inteligentes e rápidos. Christopher Waltz e
Jodie Foster conseguem se sobressair, mas obviamente Kate Winslet e John C
Reilly não fazem feio.
Baseado na peça de teatro de Yasmina Reza, Deus da
Carnificina fala sobre civilidade, relacionamento, culpa e a responsabilidade dos
pais para com seus filhos. Uma boa película para o pai ou mãe que já vivenciaram esse tipo de conflito familiar.
Roteiro elaborado pelas cochas! Propositalmente? Pode ser, mas que o filme é extremamente forçado é! Cenas desgastantes e constrangedoras são colocadas como nas 500 "saídas" de Nancy e Alan para ir embora. Discordo de você quando destaca a Jodie. Ao meu ver a atuação dela é simplesmente medíocre, caras e bocas forçadas... ela conseguiu ser pior que seu parceiro C.Reilly. A única dupla que faz com que o filme se arraste "positivamente" é Winslet/Waltz. Enfim, soberba infeliz do Sr. Polanski!
ResponderExcluirBruno Paes