O drama W.E. – O Romance do Século
(2011), para quem não sabe, é o último
filme produzido, escrito e dirigido por Madonna, e ao contrário do que dizem por aí, é um bom
filme, com suas falhas, mas longe de ser uma bomba. Até a crítica especializada
foi “boazinha” com ele, chamando-o de “esforçado”, sentimento nunca
demonstrado antes com os trabalhos anteriores da cantora como Destino Insólito e Sujos e Sábios. Não vi nenhum desses, mas percebo que Madonna está
aos poucos aperfeiçoando sua habilidade como diretora.
O enredo é sobre o romance
histórico, real e controverso entre o rei Edward VIII (James Darcy) e uma americana
chamada Wallis Simpson lá na década de 30.
Wallis (vivida por Andrea Riseborough) não é da nobreza britânica, é
estrangeira, e antes de ser envolver com o Príncipe de Gales, o Edward, ela já tinha passado por dois casamentos.
Obviamente que a família nobre do rapaz e nem o povo gostaram de sua escolha.
Com o assédio da imprensa e a não aprovação do governo para o casamento, Edward
abdicou do trono, preferindo está acompanhado de sua amada Wallis. O casal
foi exilado na França, levando o nome de Duque e Duquesa de Windsor. Wallis
ficou conhecida desde então, como a mulher que tirou o rei de seu povo. Em W/E,
Madonna tenta melhorar a imagem da duquesa, mostrando que ela nunca teve a chance de contar o seu
lado da história.
"Hey, acho que te conheço de algum outro filme..."
Talvez o filme fosse mais feliz
se fosse centrado apenas neste romance de época, mas a diretora preferiu contar
em paralelo outra história, a de Wally (Abbie Cornish de Sucker Punch), uma
mulher apaixonada e obcecada pela história de Edward e Wallis. Esta parte contemporânea
do filme não é chata, apesar de tornar o início do filme confuso, porém,
acompanhar o desenvolvimento do relacionamento entre ela e o segurança Evgeni
(Oscar Isaac, também de Sucker Punch) é bem divertido, torcemos por eles e tudo
mais, mas demora muito a engrenar e quando começa, perde força nos momentos
finais, transformando a parte que trata do romance proibido da realeza bem mais
interessante.
O romance proibido da realeza.
No geral, Madonna fez um trabalho
competente e com boas atuações – pode-se ignorar aqui até os enquadramentos
repetitivos e o roteiro um pouco confuso - mas vale citar, nada como uma mulher de
personalidade forte para contar a história sobre outra figura feminina igualmente
intensa e corajosa. Destaque para o belo
figurino e a despojada trilha sonora, incluindo a balada Masterpiece da cantora, confere aqui o vídeo com cenas do longa.
Atuações exorbitantes! Andrea Riseborough extremamente perfeita! Porem não considero o filme bom! Quer dizer muito sem dizer nada! Início confuso, e concordo com você quando diz que deveria ter sido abordada somente a história do romance dos anos 30. Prova disso é que Madonna se mostra meio vaga e perdida quando as cenas de 1998 surgem na tela!
ResponderExcluirBruno Paes
Claro que quer dizer alguma coisa, hehhehe, enfim, mas acho q Madonna a cada filme que dirige está melhorando um pouquinho.....
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