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17 de maio de 2015

Mad Max: Estrada da Fúria - Uma obra-prima enlouquecida




Trinta anos após o fim da trilogia Mad Max (1979, 1981 e 1985) eternizada por Mel Gibson, o diretor George Miller retorna ao universo apocalíptico que o consagrou no quarto capítulo Mad Max: Estrada da Fúria (Fury Road, 2015) e brinda o mundo com uma obra-prima espetacular e enlouquecida. 


Com um roteiro depurado minimamente e com poucos diálogos, Mad Max: Estrada da Fúria foi desenvolvido sob a perspectiva de que é a imagem que conta a história, por isso, nosso deslumbre com o aspecto técnico e visual é constante e crescente no decorrer da aventura,  ficamos fascinados com os designs dos carros e motos, as acrobacias automobilísticas,  as  paletas de  cores que preenchem a tela e os aspectos dos seres deformados que nos assustam, não pela feiura, mas pela ferocidade. 



A trama é simples. Max (Tom Hardy) se envolve em uma perseguição promovida por Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne) com o objetivo de deter a Imperator Furiosa (Charlize Theron), que rouba o harém privado do líder provocando a ira de várias “tribos” do deserto.  Além de castigar os poucos sobreviventes do “apocalipse”, Immortan ainda detém o controle de um bem muito precioso, a água.
 

George Miller passou anos redigindo o roteiro deste filme e esperando o momento certo para filmá-lo, passou uma década, veja só, dedicado a animação Happy Feet – e à sequência – e fica até difícil imaginar que o universo brutal de Mad Max e os pinguins fofos e dançantes saíram da mesma mente. 


As filmagens de Estrada da Fúria ocorreram entre julho e dezembro de 2012 e passou por várias atribulações e adiamentos. Mesmo assim, Miller, além do feito de ressuscitar/renovar uma franquia com um filme acima da média, homenageia o cinema de ação com sequências eletrizantes, tornando as cenas de ação da série Velozes e Furiosos “pobres” e “preguiçosas”.  As cenas de perseguição são longas e nunca soam repetitivas, e acredite, toda a maluquice faz sentido e ficamos tão “enlouquecidos”  quanto  o guitarrista deformado do grupo kamicrazy. 

 Miller arrisca não somente na ação, mas também subverte as expectativas do público em relação aos personagens, nada de romance entre Max e Furiosa, a fuga do clichê também se dá no destaque à figura feminina de Furiosa - uma mulher forte e sofrida, vivida com impetuosidade por Theron - restando ao protagonista Max, papel de coadjuvante, mas sem nunca deixar de ser relevante. 



Mad Max: Estrada da Fúria é uma obra furiosa, impecável, pujante como um soco, já estreia com o título de melhor blockbuster do ano e não só isso, ainda revigora o gênero de filmes de ação/aventura que parece fadado a fórmulas já desgastadas. Confira AQUI uma prévia do filme.


NOTA: 9,5


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