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25 de maio de 2015

Homens, Mulheres e Filhos - A busca pela conexão melhor





O cineasta Jason Reitman é conhecido por tratar em seus filmes temas pertinentes e muito comum entre nós, como o vício do cigarro no ótimo Obrigado Por Fumar, a gravidez na adolescência em Juno e a questão do desemprego em Amor Sem Escalas, com George Clooney. A internet e a sua influência nas relações humanas é o mote de seu trabalho mais recente: Homens, Mulheres e Filhos (Men, Women and Children, 2014).


A produção elabora um retrato de uma sociedade conectada, mais despreocupada com o mundo real e cada vez mais sujeita às neuroses típicas da contemporaneidade e que são impulsionadas pela internet. 


Homens, Mulheres e Filhos aborda esse mundo através de várias histórias paralelas e personagens múltiplos levemente interligados.  Jennifer Garner (De Repente 30) vive a mãe hipercontroladora, vigia o computador e o celular da filha Brandy (Kaitlyn Dever) diariamente.  Don (Adam Sandler) e sua mulher estão  passando por uma crise no casamento e ambos buscam parceiros em sites de relacionamentos, enquanto isso, o filho é um viciado em pornografia. Judy Greer interpreta a mãe que exagera na exposição de sua filha na internet e Ansel Elgort (A Culpa é das Estrelas) é o garoto com crise existencial que troca o futebol na "VR" (vida real) pelo videogame com os amigos virtuais.

 A mãe vigilante na sua inspeção diária


Jason Reitman fala aqui sobre uma compilação de questões do mundo atual (privacidade, pornografia, vícios onlines) e situações que, de alguma maneira, já testemunhamos ou vivemos. O desfecho das histórias e as consequências que os personagens sofrem podem parecer trágicos, mas nunca soam longe da realidade, pode acontecer com você ou qualquer um, e  talvez por isso, o filme seja didático demais, mas sem apelar para o dramalhão.


 Entre as tantas e boas tramas de Homens, Mulheres e Filhos, destacam-se a comovente história do romance entre a filha da mãe neurótica e o viciado em videogame (Elgort) e aquela sobre a crise sexual do casal encenados por Sandler e Rosemarie DeWitt.

 Sandler se aventura em sites adultos


Falando em Adam Sandler, acredite se quiser, o ator entrega uma atuação elogiável e que há anos não víamos - se é que alguma vez já vimos. Sandler se dá muito bem em papéis dramáticos ( assista Afinado no Amor ou Embriagado de Amor), quando raramente ele decide sair da zona de conforto e deixar de lado as caretas das comédias sofríveis - que ultimamente não estão fazendo bem nem para ele mesmo. 


Homens, Mulheres e Filhos é um bom filme, deveria ter mais ritmo, mas é honesto e sensível, nos faz repensar o mundo de hoje e refletir sobre como a internet “reconfigurou” o nosso estilo de vida e as formas de se relacionar com o outro. Confira AQUI o trailer do drama.


NOTA: 7,0

2 comentários:

  1. Esqueceu de citar Reine Sobre Mim! Bruno Paes.

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  2. Não é um dos melhores filmes, por isso nem citei, não esqueci não.

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