Os mortos-vivos estão tomando
conta de tudo mesmo, e nem o gênero “comédia romântica” conseguiu se safar
dessa invasão. O mais novo "filme de zumbis" é a comédia Meu Namorado é um Zumbi (Warm
Bodies, 2013), sobre um jovem morto-vivo que se apaixona por uma humana, apesar
da premissa parecer improvável e tosca, a produção impressiona e agrada.
Nicholas Hoult (falo dele mais
pra frente) é um cadáver ambulante que se apaixona por Julie (Teresa Palmer),
um pouco depois de comer o cérebro do namorado da garota. Para a segurança de
Julie, ele a leva para o seu “lar”, um avião abandonado, e lá, ela fica sabendo
que “R” – o garoto zumbi não lembra seu nome – não é tão ruim assim, ele
idolatra os vinis e tem bom gosto musical. Nunca imaginaria que eu, em
algum dia de minha existência, iria gostar de ouvir a balada Patience do Guns´n
Roses em um filme, mas curti.
Cara de um, focinho...
R não fala muito no início, mas
suas reflexões acerca de sua condição cadavérica – narrada em off - são hilárias, ele tira sarro da sua própria
espécie, em razão disso, Meu Namorado é
um Zumbi se torna uma sátira muito divertida, não é para se levar a sério, mesmo.
A escolha de Jonathan Levine na
direção foi feliz, quem já viu o drama 50% com Joseph Gordon-Levitt, sabe que o
diretor é sábio no uso do bom humor para contar uma história que apresente
elementos densos. Se no seu trabalho anterior ele soube dar leveza a uma história sobre um
jovem que tem câncer, em Warm Bodies usou o humor para compensar aqueles momentos de romance e outros mais tensos, como as cenas de suspense e correria
a la The Walking Dead.
Nicholas e Teresa encurralados por zumbis famintos...
Com muitas referências pop - a "homenagem" à Uma Linda Mulher é impagável - , uma
trilha sonora nostálgica e muito bem acertada e um roteiro bem redondinho, com início,
meio e fim bem delineados, sem falar na total entrega de Nicholas como o zumbi
apaixonado, Meu Namorado é um Zumbi -
esse título foi feito para afugentar o público, só pode, ignore-o - é a
primeira e boa surpresa de 2013, sem dúvida.
Nicholas Hoult é um dos astros
jovens em ascensão em Hollywood na atualidade, aos poucos ele vem marcando
presença em filmes independentes e em grandes produções, porém, no mundo fora
de Hollywood, seu talento já fora reconhecido há muito tempo, e ele ainda era
uma criança. Confira abaixo, os trabalhos mais marcantes desse promissor ator britânico.
Um Grande Garoto (2001) - Nesta
deliciosa comédia dramática, Hoult vive um garoto gordinho e depressivo que se
depara com Will, protagonizado por Hugh Grant, um homem rico, esnobe e vazio por
dentro. Os dois se tornam amigos e acabam ensinando muito um ao outro.
Skins (2007-2008) – Depois de Um
Grande Garoto, não vi nada mais do Nicholas no cinema, até me deparar com esta
série inglesa polêmica, sobre um grupo de jovens desregrados envolvidos com
muito sexo, drogas e intrigas. Nicholas vive Tony, o cara popular e bonitão da escola, porém, o mais cruel,
arrogante e ás vezes, desprezível, do grupo de amigos. Certamente foi essa
série que colocou o ator no radar de Hollywood.
Direito de Amar (2009) – Neste longa bem elogiado pela crítica, Hoult vive um jovem de presença
marcante que se sente atraído pelo seu professor George (Colin Firth), em
crise desde a morte do seu amante. Uma produção de estética caprichada, pudera,
é o primeiro filme do estilista Tom Ford, e de grandes atuações de todo o elenco. O longa foi uma grande
oportunidade para que Hoult pudesse se despir de seu personagem anterior na
série Skins, sua atuação é madura e hipnotizante.
X-Men: Primeira Classe (2011) – Hollywood, here I am. Nicholas
teve sorte, sua primeira participação foi numa megaprodução considerada um das
melhores daquele ano, e ainda contracenou com gente talentosa, como Jennifer
Lawrence (com quem teve um breve affair) , Michael Fassbender e James McAvoy.
Hoult vive o Dr. Hank, que logo se transforma no mutante Fera.
Somente grandes produções no
futuro deste jovem ator. Este ano, logo nós vamos vê-lo matar gigantes em Jack:
O Caçador de Gigantes, e em 2014, ele vai estar nas telonas com o remake de Mad
Max e na sequência de X-Men, Dias de um Futuro Esquecido.
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