Um dos meus diretores favoritos, Paul
Thomas Anderson, saiu do cinema independente, apesar da curta filmografia, é um
dos queridinhos da crítica. São características de seus trabalhos o elenco grande e recheado
de estrelas, a presença de muitos diálogos, os longos takes, e drogas, sexo e outros
temas polêmicos, permeiam suas produções que geralmente beiram as três horas de
duração.
Apesar de ter sempre os seus trabalhos aclamados, nunca levou o Oscar
de Melhor Diretor ou de Roteiro Original para casa. Para mim, uma das
principais características do Paul é a de extrair atuações extraordinárias de
seu elenco masculino, é justamente esta abordagem que vou tratar aqui. Aproveitando
a indicação ao Oscar de Melhor Ator para Joaquin Phoenix, de seu último filme, O Mestre, os dramas anteriores de PTA nos
presentearam com performances inesquecíveis e marcantes de atores que nos
tocaram por várias razões, seja pela ousadia de certos astros na interpretação
de tipos incomuns ou pela intensidade dramática de um personagem.
Dirk Diggler (Boogie Nights: Prazer Sem Limites, 1997) - Foi
com essa obra-prima sobre os bastidores do mundo pornô que Paul Thomas Anderson
chamou a atenção e se transformou em um dos mais promissores diretores de Hollywood. Foi aqui
também, que Mark Wahlberg, antes de se enveredar pelos filmes de ação, mostrou competência
na arte de atuar. Mark interpreta Eddie, um lavador de pratos e constantemente
humilhado pela mãe por sua vida acomodada. A vida do rapaz muda
radicalmente quando um diretor de filmes
pornôs o encontra e sente que por trás do jeans do garoto se esconde um instrumento
muito “poderoso”. Eddie adota o nome de Dirk Diggler e se torna a maior estrela
pornô dos anos 70. Boogie Nights
mostra os dias de luxo e glamour do astro até o seu declínio em razão das
drogas. Wahlberg conquistou a crítica com o seu desempenho aplicado e sensível.
Diggler continua sendo um dos seus (poucos) papéis realmente relevantes no
cinema.
Frank Mackey (Magnólia, 1999) - Este
poético e complexo filme é o meu favorito do diretor. Embora tenha incontáveis
personagens e um elenco bem harmonioso, é Tom Cruise, vivendo um guru do sexo
chamado Frank Mackey que se destaca. Assim como Mark Walhberg nos surpreendeu
em Boogie Nights, o astro de Missão Impossível nos impressionou com
um personagem ousado e diferente de tudo que já tinha feito. Paul Thomas
Anderson escreveu o personagem especialmente para o ator, e Cruise o agarrou
com unhas e dentes e o fez de uma forma inesquecível. Mackey nos faz rir, chorar e
até cantar. O que? Não viu esse filme ainda? Não sei o que você está
esperando...
Eli Sunday (Sangue Negro, 2007) – O personagem que vou citar neste
drama carregado sobre petróleo versus religião não é o protagonizado por Daniel Day-Lewis, mas
o de seu antagonista, Eli Sunday, vivido com garra e intensidade pelo ainda
desconhecido, mas talentoso, Paul Dano (Pequena Miss Sunshine). Eli Sunday é um
fanático religioso que está sempre em pé de guerra com Daniel Plainview
(Lewis), um homem rancoroso e ambicioso que perfura terrenos em busca de
petróleo. As cenas entre eles são carregadas de tensão e ódio, como a
antológica cena do batismo de Daniel ou a chocante cena final. Não é exagero eu
dizer que Paul Dano se destaca mais que o estimado Daniel Day-Lewis, ambos apresentam performances arrebatadoras, mas quando os créditos sobem,
é Paul, não o ator, mas o seu personagem, que fica na nossa memória.
Freddie Quell (O Mestre, 2012) – Joaquin Phoenix merece levar o
Oscar de Melhor Ator este ano. Sua atuação é um assombro. Freddie anda como se
carregasse o mundo nas costas e fala torto como estivesse sempre bêbado, estes são detalhes físicos incorporados pelo ator
que já lhe valeriam o Oscar. O Mestre
é um filme estranho, não muito tolerável para quem desconhece o estilo do
diretor, porém, é Joaquin Phoenix a melhor coisa da produção, seu personagem é
explosivo, um alcoólico inveterado e imprevisível, é sua presença em cena que
nos prende a atenção. Se em Gladiador, Joaquin brilhou como o vilão
do épico de Ridley Scott e quase roubou
a cena de Russel Crowe, agora ele tem todos os holofotes para si e os aproveita
muito bem, ele ofusca até o seu parceiro Philip Seymor Hoffman, o “mestre” do
título.
Gostei muito do post! Muito bem escrito. Tem muitas coisas ainda que eu preciso aprender sobre cinema, e blogs como o seu, que fazem posts interessantes e gostosos de ler são uma mão na roda!
ResponderExcluirJá estou te seguindo
Parabéns pelo blog!
Obrigado Nanii, eu planejo muito meus posts, nao quero apenas escrever críticas, gosto de fazeer listas e tal, por isso os posts são semanais...obrigado por me seguirrr.....! abraço
ResponderExcluirLegal o Post! PTA é O CARA!!! MAAAAASSSS a frase: "-Não é exagero eu dizer que Paul Dano se destaca mais que o estimado Daniel Day-Lewis..." é demais para a minha beleza!!!!! Lógico, Dano arrebenta MUITO em Sangue Negro,sou admirador do trabalho dele por sinal, mas não chega nem na unha encravada do Day-Lewis, que nos proporciona uma das melhores atuações da história do cinema!!!! Conheço você, sempre que pode da uma alfineta no Sr DD-L você não mede esforços!!! =D Abraço!
ResponderExcluirBruno Paes
Quando postamos nossa opinião em um blog, esperamos sempre que o autor do blog nos retorne para que possamos manter uma discussão sadia e de entretenimento mútuo. Acredito ser esta a real intenção de todos que têm ou participam de blogs, principalmente os de cinema, eu acho!!!! Me corrija se eu estiver errado... Abraço Eliako! Continuarei acompanhando sua página! *-*
ResponderExcluirBruno Paes
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEstá registrada a sua indignação, rsrsrsrs. Obrigado por acompanhar a página. Reclamações são sempre bem vindas!
ResponderExcluirhahahaha! Sou seu fã! :D
ResponderExcluirBruno Paes