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14 de março de 2016

Boa Noite, Mamãe






Este ano o gênero terror vem ganhando exemplares surpreendentes com produções independentes de qualidade e que fogem de clichês, principal mal desse tipo de filme. Depois do sinistro e belo A Bruxa, outra produção a se destacar no cenário é o austríaco Boa Noite, Mamãe (Ich Seh Ich Seh, 2014), uma história inspiradora e edificante sobre a maternidade, só que não.


Falando sério. Boa Noite, Mamãe é um pesadelo em forma de filme. Na trama, dois garotos gêmeos residem em uma casa isolada numa zona rural e desconfiam que a mulher rígida que está ali no mesmo teto que eles, com o rosto coberto por bandagens devido a um acidente, não é a sua mãe. Os diretores Severin Fiala e Veronika Franz realizaram uma obra angustiante em que a dúvida sobre a identidade da mãe permeia todo o filme.




Com clima de terror sobrenatural na sua primeira metade, Boa Noite, Mamãe muda o tom no segundo ato - engana o espectador - e torna-se um suspense perverso, sádico a la Funny Games e com direito a inversões de papéis dos antagonistas. As cenas contemplativas e as sequências em que os gêmeos brincam e aproveitam a infância como podem, dão lugar a momentos cheios de tensão e chocantes. 

O final tem um desfecho não muito original, mas completamente adequado à história, ainda assim, é capaz de surpreender aqueles mais desatentos que não prestaram atenção nos pormenores do início do filme. Eu quase “matei a charada”, foi por pouco.



Apesar de deixar muitas pontas soltas, Boa Noite, Mamãe se sobressai por contar uma história de forma hipnótica e fugir dos clichês do gênero, resultando em um terror psicológico de primeira linha, original e imperdível.  Confira  AQUI o trailer.


NOTA: 8,5

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