Felizmente, a investida cinematográfica
para suprir o vazio deixado pelo fim da franquia Harry Potter é realmente mágica:
Animais Fantásticos e Onde Habitam (Fantastic Beasts and Where to Find Them,
2016) é encantador, comovente, divertido e com personagens que nos cativam
rapidamente, e melhor, é uma das poucas superproduções desse ano que faz jus ao
“burburinho da mídia”, cada vez mais histérico quando trata de lançamentos cinematográficos.
Nunca me senti à vontade para escrever
sobre os filmes Harry Potter, embora tenha gostado bastante deles – até dos
dois primeiros, que eu os considero monótonos e arrastados, cujos aspectos não
se podem atribuir a esse início da nova franquia mágica. Animais Fantásticos e
Onde Habitam começa com o jovem Newt (Eddie Redmayne) chegando a uma Nova Iorque,
dos anos 20, e deixando escapar alguns seres mágicos na cidade. A forma como
Newt conhece, acidentalmente, os personagens de Kowalski (Dan Fogler) e Tina
(Katherine Waterston) é engenhosa e cômica.
Embora o primeiro ato do filme
possa parecer bobo ou infantil (mas a sequência no Central Park é incrível), a
história vai ganhando densidade, à medida que surgem temas complexos sutilmente
tratados como violência infantil física/psicológica e preconceito e o “lado
sombrio”, representado pelos personagens de Samantha Morton, Colin Farrell e
Ezra Miller (tão bem fazendo tipos esquisitos), começa a interferir na rotina dos não mágicos. David Yates, diretor já
habituado com o universo bruxo, dosa bem as cenas cômicas com as mais sombrias,
tornando Animais Fantásticos um filme de emoções díspares, ora fascina, ora
nos aflige, ora nos faz rir e se emocionar.
O grande acerto de Animais
Fantásticos é sem dúvida o elenco. Redmayne encanta como o sujeito de modo
excêntrico e o ator agrega mais um desempenho excepcional à sua breve carreira;
mesmo resistente no início, eu me rendi ao olhar brilhante de Tina na última
cena; já o trouxa Kowalski – que aqui representa o nosso olhar, eu, você, o
trouxa que fica deslumbrado a cada magia e animal fantástico que surge na tela –
nos cativa só com o olhar, sem dar um pio, sua risada peculiar e a relação com
a igualmente cativante Queenie (Alison Sudol) são certamente uma das melhores coisas
do longa e os tipos mais apaixonantes que habitam o universo mágico e rico de
J.K Rowling.
Jacob Kowalski é minho personagem preferido. Poucas são as adaptações que são igual de boas que os livro, adorei assitir a Animais Fantásticos e Onde Habitam. Amei o livro Animais Fantásticos. Eligeram um excelente director pelo filme. Os filmes de David Yates são cheios do seu estilo, e logo se pode identificar quem esta responsável pela produção.
ResponderExcluir