Meses depois da estreia de
Distrito 9, lá em 2009, muitos se perguntaram se o próximo trabalho do diretor
Neill Blomkamp seria tão bom quanto o seu primeiro filme. Todos aguardavam ansiosamente
pela nova empreitada do cineasta, que impressionou todo o mundo com o misto de
documentário e ficção científica. Bom, Elysium (2013) estreou finalmente e uma
coisa é certa: Não é melhor que Distrito 9, ainda assim é um grande exemplar do
gênero ficção científica, uma fita de ação eletrizante, isso é incontestável.
Um dos motivos pelo qual Elysium é inferior a Distrito 9 é que o subtexto político e crítica social sustentado no
início se perde em meio à correria desenfreada na metade do filme até o seu
desfecho. Mas a obra tem suas
qualidades. A construção de um cenário dividido em dois subgrupos é perfeita.
De um lado, a Terra, devastada e marcada pela pobreza extrema e exploração do
povo por grandes corporações. Do outro, a tranquilidade, a beleza e a riqueza
de Elysium, cujo mundo é comandado com frieza por Delacourt, vivida por Jodie
Foster.
Moura e Damon: atuação do brasileiro foi elogiada
É na Terra que se concentra os
mais importantes personagens da produção, como o protagonista Max, interpretado
pelo sempre competente Matt Damon. Após sofrer um acidente na fábrica onde
trabalha e ser exposto à radiação, Max procura um hacker do submundo chamado
Spider, Wagner Moura em uma atuação esplêndida e bem a vontade com o idioma
ianque. Após ser transformado numa espécie de homem-máquina, Max tenta ir a
Elysium de qualquer maneira. Nesse contexto ainda estão as personagens de Diego
Luna, Alice Braga e Sharlto Copley. Damon e Foster estão bem e reconheço, mas são
dois coadjuvantes que roubam a cena, o nosso querido Wagner Moura e Copley,
interpretando aqui um mercenário pervertido e repugnante.
Copley se destaca como um vilão furioso
Ressaltando, Elysium é um bom
filme e vale o (caro) ingresso do cinema, prende a atenção do espectador durante
quase duas horas de duração e Blomkamp mostra-se muito hábil nas empolgantes cenas
de ação, porém o maior “pecado” do cineasta foi ceder à correria incontrolável típica
dos filmes de ação hollywoodianos, e desse modo, a produção culmina em um
desfecho sem muita emoção e nos importamos bem menos com as personagens, nessa
altura, os flashbacks de infância de Max que no início tinha o intuito de nos
sentir mais próximos do protagonista, já não nos comovem mais.
NOTA: 7,5
Estou bem curioso em ver esse filme. Primeiro pela direção de Blomkamp, e depois para ver atuação de Wagner Moura em uma produção hollywoodiana. Pelo visto ele se sai melhor do que o Santoro tem demonstrado, já que me decepcionei com o último filme dele (O Último Desafio) e sua atuação de pouca relevância em um filme completamente descartável.
ResponderExcluirabraço
Wagner Moura tá muito bem, é verdade, e Rodrigo tem sido infeliz em suas escolhas rsrsrsrrs, espero que isso mude algum dia.
ExcluirVou tentar ver hoje! Fiquei bem curioso para ver esse filme.
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