Como não ficar intrigado e
no mínimo curioso com a seguinte premissa: Quando Jane era uma garotinha, sua
avó a convenceu de duas coisas: novelas são a melhor forma de entretenimento e
mulheres devem preservar suas virgindades a qualquer custo. Agora, com 23 anos,
a vida de Jane de repente se tornou tão dramática e complicada como uma novela que ela sempre amou, pois
uma série de eventos inesperados fez com que ela fosse inseminada artificialmente
(!!!!). Tem como resistir?
Pois é, esta é a premissa
excepcional da nova e hilária série do canal The CW, Jane The Virgin. A
produção é um remake de uma telenovela venezuelana chamada Juana La Virgen. A exuberante atriz colombiana Sofia
Vergara (Modern Family) e Ben Silverman, que produziu Ugly Betty, são
responsáveis pela adaptação, ou seja, a série tem suas qualidades
e muita “latinidade” graças aos nomes envolvidos. E se
você adorava Ugly Betty, Jane The Virgin é um programa obrigatório.
Jane descobre o "impossível"!!
Há algumas semelhanças com o
seriado fashionista, como o elemento bilíngue, há o núcleo da família da protagonista que fala
espanhol e inglês, o roteiro ágil e as situações mais que engraçadas em que Jane é envolvida. A cena em que ela descobre que está grávida - mesmo virgem
- é impagável.
Jane é interpretada por
Gina Rodriguez, carismática e boa atriz, tão perfeita no papel quanto America
Ferrera era vivendo a Betty Suarez.
Xiomara (Andrea Navedo), a mãe sexy e escandalosa de Jane e a sua avó, viciada em telenovelas, são outros
destaques da história absurda e divertida.
Além dos personagens
cativantes que a gente passa a gostar já no primeiro episódio, Jane The Virgin
tem outros fatores que a diferenciam de
todas as outras séries em exibição e
transforma-a na aposta mais ousada e bem sucedida do canal The CW - que não envolve super-heróis. A narração em off, que está sempre nos guiando na história ou interrompendo um
diálogo para nos contar algo engraçado ou implícito sobre as personagens, é um artifício eficiente, esperto e atribui todo o clima despretensioso ao seriado. A característica mais importante, então, é o jeito “mexicano” de ser da série, representado
aqui pelas múltiplas tramas, que nos deixam tontos com tantas reviravoltas e
brincam com a possibilidade de que (quase)
todas as personagens se conhecem.
O pai da criança de Jane e sua namorada
Jane The Virgin é uma das
maiores surpresas da TV este ano, sem dúvida. Despretensiosa, ambiciosa, alegre e descaradamente “mexicana”, no bom sentido, mas com qualidade e bons
atores. A série ganhou a simpatia da
crítica americana e o público. The CW
garantiu a primeira temporada completa, composta por 22 episódios. Com cinco
episódios exibidos e muito bem escritos, a história está sempre avançando a passos
largos, espero que Jane The Virgin mantenha esse “frescor” por muito tempo. É
uma daquelas séries que ninguém espera muito, mas quando descobre, não quer mais largar.
Confere o trailer e sente o clima gostoso do novelão:
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