Minha breve opinião sobre os indicados ao Oscar 2016

A Garota Dinamarquesa – Faltou mais inspiração do diretor Tom Hooper ao conduzir essa história extraordinária sobre a primeira mulher transgênero, a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de sexo. No entanto, Eddie Redmayne (encantador e surpreendentemente feminino) e Alicia Vikander (soberba) seguram o filme e nos cativam com seus respectivos talento e carisma.

A Grande Aposta – Um filme sobre a crise financeira de 2008 em que você, acredite se quiser, vai rir e provavelmente entenderá um “pouquinho que seja” sobre o mercado financeiro, principalmente quando Margot Robbie esclarece alguns tópicos em uma banheira seminua. Destaque para a atuação de Christian Bale e Steve Carrell.

Ex-Machina: Instinto Artificial – Ninguém viu esse  filme por aqui (chegou direto em DVD), mas recebeu duas merecidas indicações (Efeitos Visuais e Roteiro Original). O longa aborda a relação entre o homem e uma máquina com inteligência superior a do seu criador. Palmas para Alicia Vikander - que interpreta a robô -,  assim como em A Garota Dinamarquesa, rouba a cena com mais uma atuação digna de reconhecimento.

Mad Max: Estrada da Fúria –  Quem diria que um blockbuster conquistasse 10 indicações ao Oscar, especialmente nas categorias Melhor Filme e Diretor, filmes do gênero geralmente são colocados apenas nas categorias técnicas. Bom, um erro seria não indicar essa obra furiosa e impressionante. O diretor George Miller tem grandes chances de levar para casa a estatueta na sua categoria, se isso acontecer, será épico.

O Quarto de Jack – Uma emocionante história de um garoto que descobre o mundo, literalmente, e nos dá uma lição de vida.  Brie Larson - a mãe - deve ganhar o Oscar de Melhor Atriz por sua atuação intensa aqui, mas é Jacob Tremblay -  o garoto - quem ganhou nossos corações.

O Regresso – Tão belo e tecnicamente impecável quanto Mad Max, O Regresso pode dar ao Leonardo DiCaprio o seu primeiro Oscar, a obra do diretor Alejando González Inárritu desperta os sentimentos mais diversos ao contar uma história de vingança ambientada em cenários estonteantes e com sequências de tirar o fôlego.

Perdido em Marte – O diretor Ridley Scott fez as pazes com o sucesso com esse drama espacial, divertido e otimista sobre um astronauta que é “esquecido” em um planeta inóspito. Ninguém imaginava a boa receptividade do filme, e muito menos que fosse lembrado pela Academia, infelizmente Scott não consta na categoria de “Melhor Diretor”,  mas o que importa é que o público adorou a aventura solitária de Matt Damon.

Steve Jobs – Filme de Danny Boyle, mas parece mais um episódio da série jornalística The Newsroom, que não por acaso, também é roteirizada por Aaron Sorkin.  Isto é, a produção é uma discussão interminável com diálogos rebuscados entre Jobs (Michael Fassbender) e seus desafetos, parentes, assistentes...uma chatice. Mas a série é bem boa, rs.

 

Spotlight - Segredos Revelados – Considerado o “Todos os Homens do Presidente” da geração atual, é um típico filme jornalístico.  Spotlight critica a superficialidade do conteúdo da Internet e exalta um jornalismo que vemos cada vez menos, sério e comprometido em revelar a verdade sobre temas realmente relevantes ao cidadão, por meio de reportagens investigativas extensas e  bem fundamentadas.