Ben-Hur, o filme clássico de 1959 com Charlton Heston, é uma
obra grandiosa em todos os sentidos, até em sua duração, 212 minutos, ou seja, mais
de três horas e meia, é um épico legítimo do tipo que não se faz mais hoje em dia.
Logo, o novo Ben-Hur (2016), do diretor Timur Bekmambetov (responsável pelo ótimo O Procurado), não é tão grandioso assim, assemelha-se mais a Gladiador,
o que não é algo negativo.
É importante frisar que o novo filme não é uma refilmagem do
filme de William Wyler, mas sim uma nova versão da história contada no livro de
Lew Wallace, Ben-Hur: Uma história do Cristo. Segundo especialistas, este se
aproxima mais do livro do que a versão dos anos 50. Eu gosto muito da obra clássica, é um filme sensacional, desses para assistir e contemplar.
O Ben-Hur de Bekmambetov foi idealizado para a geração atual,
e o público-alvo não pode reclamar de nada, o filme cumpre o que promete. A narrativa acelerada – você perceberá isso apenas se viu a obra
original – e dinâmica é perfeita para uma geração impaciente que vai mais ao cinema à
procura de um momento escapista.
O início é bem interessante, mostra os irmãos Messala (Toby
Kebbel) e Judah Ben-Hur (Jack Huston) já como rivais antes da corrida de bigas,
e logo retrocede oito anos antes, quando eles ainda eram irmãos e se tratavam
como tal, amavam-se e se respeitavam.
Essa relação de amor e ódio é o que sustenta todo o filme, particularmente,
senti que faltou densidade nesse relacionamento, mas nada que comprometa o
final emocionante.
Quanto ao elenco, Huston e Kebbel não fazem feio em cena, mas
Rodrigo Santoro (o ator brasileiro que realmente se deu bem em Hollywood) se
sai melhor, interpreta Jesus com serenidade no olhar e nos convence. Um dos grandes momentos de Ben-Hur é a famosa corrida de bigas, tão
impressionante e eletrizante quanto a da obra clássica. Outra grande sequência é a do naufrágio, agonizante, ambos momentos já valem o preço do ingresso.
Ben-Hur é uma obra que nos proporciona mais que um espetáculo
visual e fortes emoções, exala otimismo, ideal para esse momento de descrédito pelo qual a sociedade vive, traz
uma mensagem de fé, perdão e amor ao próximo. A questão é: será que essa
geração absorverá essa mensagem?
Caso queira ver o filme clássico, CLIQUE AQUI, está disponível no YouTube, ao custo de poucas moedas.
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