Sucker Punch - Mundo Surreal (2011), o aguardadíssimo filme de Zack Snyder estreou e confesso que se eu não tivesse visto o trailer inúmeras vezes – e olha que nem vi os incontáveis spots de TV disponibilizados pela Warner nas últimas semanas - eu teria me surpreendido mais com a película. Mas isso não significa que o filme seja ruim, porque não é. Mas é que o trailer de Sucker Punch – infelizmente - mostra DEMAIS as melhores cenas do filme, tornando o longa uma quase versão estendida do trailer, e isso diminui, ainda que numa proporção insignificante, o impacto. Mas não se preocupem, o novo trabalho de Snyder é mesmo surreal, surtado e muito divertido, e acredite, sobrou até algumas cenas não reveladas na web.
O longa começa dramaticamente, ao som de uma versão dark da música oitentista “Sweet Dreams”, vislumbramos a bela protagonista Babydoll (Emily Browning) numa situação complicada que a levará, contra a sua vontade, a viver numa clínica para doentes mentais. Lá, ela se unirá a outras garotas e tentarão fugir do local. Mas para isso, elas terão que conseguir cinco elementos. Como uma forma de sair daquele mundo de repressão e maltratos em que está instalada, Babydoll usa a sua imaginação fantasiosa. É nesses momentos de fantasias da garota que Snyder DELIRA descaradamente nas cenas de ação inusitadas e nervosas, nos cenários estarrecedores e nos efeitos especiais fantásticos, numa mistura de referências que vai de Senhor dos Anéis a Moulin Rouge.
A cada aventura em busca por um elemento, Babydoll e suas amigas Amber (Jamie Chung), Rocket (Jena Malone), Blondie (Vanessa Hudgens) e Sweet Pea (Abbie Cornish) transformam-se num espetáculo deliciosamente insano e de encher os olhos. Que outro filme você verá um grupo de meninas lutando contra samurais gigantes, dragões, orcs e soldados-zumbis?
Essa loucura é ideia do próprio Snyder. O roteiro é original, mas as cenas em “slow motion” usadas incansavelmente em 300 e Watchmen ainda estão aqui. A trilha sonora é contagiante - até a protagonista teve que soltar o gogó em "Sweet Dreams" e em outras faixas - e tem versões de clássicos como Where is my mind”, “Tomorrow never Knows”, uma versão remixada de "I Want it all/We Will rock you" do Queen e a ótima "Army of me" da Bjork, a cada “mundo” adentrado pela protagonista tem uma canção como tema.
Essa loucura é ideia do próprio Snyder. O roteiro é original, mas as cenas em “slow motion” usadas incansavelmente em 300 e Watchmen ainda estão aqui. A trilha sonora é contagiante - até a protagonista teve que soltar o gogó em "Sweet Dreams" e em outras faixas - e tem versões de clássicos como Where is my mind”, “Tomorrow never Knows”, uma versão remixada de "I Want it all/We Will rock you" do Queen e a ótima "Army of me" da Bjork, a cada “mundo” adentrado pela protagonista tem uma canção como tema.
Sucker Punch não é perfeito – quer dizer, as cenas de ação imaginadas pela Babydoll são, sem dúvida - mas o roteiro tem suas falhas. O final é um pouco pretensioso, Snyder escolheu fazer algo mirabolante, - criou situações que deixaram a parte final em total desacordo com o restante do filme - sendo que a opção pela simplicidade em seu desfecho já bastaria.