- Que tipo de câncer
é?
- Um tipo raro...
- Você vai ficar bem? Quais as suas
chances?
- Acho que é 50%.
- Não é tão ruim...as
pessoas se curam o tempo todo. Lance Armstrong sempre pega câncer. O cara do
Dexter, está ótimo. Patrick Swayze está ótimo também.
-Patrick Swayze? O
cara já morreu...
- Sério?
É esse bom humor que permeia todo
o filme o principal trunfo de 50%
(50/50, 2011), o novo trabalho de Joseph Gordon-Levitt, o rejeitado
de 500 Dias com ela e que estrelou também o cultuado A Origem. 50% sai este mês no
Brasil direto em DVD.
Adam (Levitt) é jovem, tem 27
anos e uma namorada bonita. Seu “mundo” desmorona quando ele descobre que está
com câncer na coluna. Seu amigo Kyle (Seth Rogen, de Ligeiramente Grávidos e
tantas outras comédias) faz tudo para animá-lo, e o incentiva a usar a doença
para “pegar” as garotas, mas é ele mesmo que se aproveita da condição do amigo
para conseguir sexo descompromissado.
"Levitt é o máximo, mas os seus cabelos..."
Além do amigo de Adam ser
responsável pelas cenas mais engraçadas do filme, a interação entre Adam e a
sua psicóloga-estagiária Katherine (Anna Kendrick de Amor sem escalas e
Crepúsculo), também rende bons momentos, alguns cômicos e outros pra lá de
emocionantes. A química entre eles é tão positiva que tudo que queremos é que o
fim seja o mais feliz possível. Bom, não vou contar o final aqui né....
Apesar de tratar sobre uma
questão bastante em evidência atualmente, o câncer, e que supostamente deveria render um drama
pesado e pessimista, 50% felizmente aborda o tema de um maneira leve, bem humorada
e positiva.
Anna diz: "Você sabia que eu conheço os Cullen?"
Jonathan Levine, um diretor ainda
desconhecido, acertou a mão e conseguiu dosar bem as cenas cômicas com aquelas
que exigem mais seriedade, como o momento em que Adam vai para a cirurgia, a
cena é de fazer qualquer marmanjo despejar rios de lágrimas.
Uma história bem contada, um
ótimo elenco e uma trilha sonora bem descontraída faz de 50% um belo filme, que
vai além da premissa que é sobre um cara com uma doença rara, é também sobre
amizade, família, e principalmente sobre aquela sensação frustrante de que “o
tempo passou (ou está passando) e não fizemos nada de importante na vida”.
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