Nos dois últimos anos, coincidentemente, o primeiro post do ano relacionado aos seriados tem sido sobre programas britânicos, primeiro falei sobre Skins, no ano seguinte citei Misfits, e agora é a vez de Sherlock, seriado da BBC que traz o detetive Sherlock Holmes e todo seu poder dedutivo para o século 21.
O Sherlock da TV é muito
diferente da versão do Guy Ritchie, que é protagonizada pelo Robert Downey Jr.
As explosões, o ritmo frenético e as excessivas cenas em slow-motion dão lugar a uma trama bem mais complexa, além do personagem ter um
espaço maior dedicado às suas deduções fantásticas durante as
investigações, resultando em cenas bem-humoradas e divertidas entre o arrogante
detetive e o seu simpático amigo Dr. Watson, que por si só, já valem conferir o programa.
Benedict Cumberbatch dá
vida ao enigmático e inteligentíssimo personagem criado há séculos pelo Sir Arthur
Conan Doyle, e olha, me atrevo a dizer que seu Sherlock pálido e de olhos
esverdeados, é bem distinto e mais
misterioso que a versão hollywoodiana. Você pode não conhecer o ator de nome,
mas você pode reconhecê-lo caso assista ao novo filme de Spielberg, Cavalo de
Guerra ou o elogiado O Espião que sabia demais, ambos em cartaz nos cinemas.
Já o seu amigo John Watson, é
interpretado por Martin Freeman, que se você não se lembra de tê-lo visto em O
Guia do mochileiro das galáxias, isto vai mudar rapidinho, pois em breve ele se
tornará estrela de grande porte internacional,
por que? Ah, ele será o protagonista do aguardado O
Hobbit: Uma jornada inesperada, dirigido pelo Peter Jackson, com estreia
marcada para o fim deste ano - ah, seu colega de cena Benedict também está no longa, eles são mesmo inseparáveis hein!
Voltando ao tópico principal, a série britânica Sherlock tem na sua primeira temporada, apenas 3 episódios, mas são longos episódios de 90 minutos, ou seja, praticamente um longa-metragem. Talvez essa duração seja um aspecto que não favoreça a série, principalmente para quem está acostumado com episódios de 40 a 50 minutos, e alguns podem sentir-se entediados com a trama. Admito que isso acontece, há momentos cansativos em algum episódio, no qual tudo que desejamos é que o detetive desvende logo tudo e acabe o episódio.
Mas isso nem é um problema, quando
se tem outros bons aspectos na série, como o clima de suspense, as cenas tensas, a química existente entre os dois protagonistas, as cenas em que Holmes faz as suas deduções e descreve as pessoas
só de olhar "de relance" para elas, e vai falando tão
rápido que nem o cara da legenda consegue alcançar, são esplêndidas, e até compensa o ritmo lento.
Sherlock está atualmente em sua
segunda temporada, e se você curte os filmes americanos do detetive, vale
espiar esse seriado também, são visões diferentes de um personagem ímpar,
genial e carismático, e isto se deve a maior parte pelos competentes atores que
o interpretam.
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