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11 de janeiro de 2012

O Sherlock Holmes da TV


Nos dois últimos anos, coincidentemente, o primeiro post do ano relacionado aos seriados tem sido sobre programas britânicos, primeiro falei sobre Skins, no ano seguinte citei Misfits, e agora é a vez de Sherlock, seriado da BBC que traz o detetive Sherlock Holmes e todo seu poder dedutivo para o século 21.


O Sherlock da TV é muito diferente da versão do Guy Ritchie, que é protagonizada pelo Robert Downey Jr. As explosões, o ritmo frenético e as excessivas cenas em slow-motion dão lugar a uma trama bem mais complexa, além do personagem ter um espaço maior dedicado às suas deduções fantásticas durante as investigações, resultando em cenas bem-humoradas e divertidas entre o arrogante detetive e o seu simpático amigo Dr. Watson, que por si só, já valem conferir o programa.

Benedict Cumberbatch dá vida ao enigmático e inteligentíssimo personagem criado há séculos pelo Sir Arthur Conan Doyle, e olha, me atrevo a dizer que seu Sherlock pálido e de olhos esverdeados,  é bem distinto e mais misterioso que a versão hollywoodiana. Você pode não conhecer o ator de nome, mas você pode reconhecê-lo caso assista ao novo filme de Spielberg, Cavalo de Guerra ou o elogiado O Espião que sabia demais, ambos em cartaz nos cinemas.



Já o seu amigo John Watson, é interpretado por Martin Freeman, que se você não se lembra de tê-lo visto em O Guia do mochileiro das galáxias, isto vai mudar rapidinho, pois em breve ele se tornará estrela de grande porte internacional,  por que? Ah,  ele será o protagonista do aguardado O Hobbit: Uma jornada inesperada, dirigido pelo Peter Jackson, com estreia marcada para o fim deste ano -  ah, seu colega de cena Benedict também está no longa, eles são mesmo inseparáveis hein! 



Voltando ao tópico principal, a série britânica Sherlock tem na sua primeira temporada, apenas 3 episódios, mas  são longos episódios de 90 minutos, ou seja, praticamente um longa-metragem. Talvez essa duração seja um aspecto que não favoreça a série, principalmente para quem está acostumado com episódios de 40 a 50 minutos,  e alguns podem sentir-se entediados com a trama. Admito que isso acontece, há momentos cansativos em algum episódio, no qual tudo que desejamos é que o detetive desvende logo tudo e acabe o episódio.

Mas isso nem é um problema, quando se tem outros bons aspectos na série, como o clima de suspense, as cenas tensas, a química existente entre os dois protagonistas, as cenas em que Holmes faz as suas deduções e descreve as pessoas só de olhar "de relance" para elas, e vai falando tão rápido que nem o cara da legenda consegue alcançar, são esplêndidas, e até compensa o ritmo lento.


Sherlock está atualmente em sua segunda temporada, e se você curte os filmes americanos do detetive, vale espiar esse seriado também, são visões diferentes de um personagem ímpar, genial e carismático, e isto se deve a maior parte pelos competentes atores que o interpretam.

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