As atualizações de medo do desconhecido e de claustrofobia
foram realizadas com sucesso. O termo clichê “o melhor filme de terror de todos os tempos”
é, sem dúvida, um exagero do marketing promocional, mas Bruxa de Blair (Blair
Witch, 2016) pode ser um dos filmes mais claustrofóbicos de todos os tempos – há
um superlativo para “claustrofóbico”? Seria claustrofobiquérrimo?.
Se tiver, aplica-se muito bem a esse
reinício – com cara de continuação – da história contada no sucesso de 1999, A
Bruxa de Blair. Ah, ignore o deplorável A Bruxa de Blair 2, lançado em 2002, feito
com único intuito comercial e totalmente alheio aos acontecimentos do longa
original.
Dirigido por Adam
Wingard, responsável pelo excelente The Guest – crítica aqui – Bruxa de Blair expande a mitologia do
filme original de uma forma verossímil e esperta, inclui novos elementos sobrenaturais
– que dá pano pra muitas teorias – e deixa o espectador se contorcendo na
cadeira tamanha a tensão e o terror. Outro acerto é que esse filme pode ser
visto independente se você viu ou não o primeiro longa.