Aflição. Essa palavra define bem
o drama-catástrofe O Impossível (The Impossible, 2012), pois é esse o sentimento que nos impregna na maior parte do
tempo enquanto assistimos ao filme. O longa do diretor Juan Antonio
Bayona (O Orfanato) é baseado na história real de uma família que sobreviveu ao
trágico tsunami que devastou a Tailândia em 2004, fazendo mais de 200 mil
vítimas.
Naomi Watts e Ewan McGregor - retomando a parceria de A Passagem - são
um casal em férias na Tailândia com seus três filhos. O clima antes da tragédia
é de diversão e de tranquilidade, o incômodo se concentra apenas nas imagens do
mar, que o diretor faz questão de mostrá-las em longos takes, passando uma sensação de que o mar está “dormindo” e vai acordar a qualquer momento com a maior fúria do mundo. E quando ele “desperta”
e a onda vem, não tem para onde escapar. A cena da onda é impressionante, assim
como os momentos agonizantes dos personagens embaixo d´ água sendo carregados
pela correnteza.
Sobreviventes em meio ao caos.
Bem, voltando aos personagens
centrais. As férias da família são interrompida pelo tsunami separando a mãe
dos filhos menores e o pai de sua esposa. A dor da incerteza aliada com a dor física das feridas, que a câmera não faz
questão alguma de esconder, é evidenciada pela atuação estupenda de Naomi e do
ator britânico McGregor. Destaque também para o jovem ator Tom Holland, que nos
emociona vivendo o filho mais velho do casal, o Lucas, ele quase rouba a cena dos astros hollywoodianos.
Bayona reconstruiu com um realismo
assustador o cenário da devastação e o hospital onde as vítimas ficam alojadas,
e não poupou na maquiagem, deixando em alguns momentos a personagem de Naomi
cadavérica e quase irreconhecível.
Olha a onda. Diversão interrompida.
O Impossível é marcado por momentos tensos e angustiantes - como a já citada cena da correnteza - mas há também aquelas mais amenas e esperadas que nos
enchem os olhos como as cenas de reencontros dos filhos com os pais, segurar o
choro aqui é uma tarefa impossível. Após tantos desencontros e dramas em um
ambiente desolador, um final feliz é tudo que nós, espectadores, queremos, mesmo
que isto seja previsível demais. O longa é um dos melhores dramas do ano que
passou e merecia mais atenção do público. Felizmente, Naomi Watts foi lembrada pela
crítica americana e está indicada este ano ao Globo de Ouro e ao Oscar de Melhor Atriz.
esse filme é um dos melhores que eu ja assistir merecia o Oscar pois é muito bem feito e emocionante...
ResponderExcluirParabéns a todos que fizeram parte desse filme....