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21 de dezembro de 2011

O MELHOR DO CINEMA EM 2011


 Os  blockbusters que surpreenderam a nós e até os críticos mais chatos:



- X-Men: Primeira classe (X-Men: First Class)

- Planeta dos Macacos: a origem (Rise of the Planet of the Apes)










 

Aqueles que nos fizeram sentir saudades dos tempos de infância



- Super 8
 
- Os Muppets (The Muppets)









Os filmes oscarizados e os mais comentados do início do ano:



- O Discurso do rei ( The King´s Speech)
 
- Cisne Negro (Black Swan)





  



Aqueles que nos fizeram  sair  do cinema com um sorriso do tamanho do gato risonho de Alice (no país das maravilhas):


- Meia noite em Paris (Midnight in Paris)

- O Palhaço

- Gigantes de aço (Real Steel)








 Aquele filme divertidíssimo que -  injustamente - saiu direto em DVD no Brasil:


 - A Mentira (Easy A)









Esse é o último post do ano (aaaaah). O ano de 2012 vem carregado de novidades para o Cinemidade, aguardem!
Boas Festas e um Happy New Year!

17 de dezembro de 2011

AS 5 MELHORES SÉRIES DE 2011




5. The Killing - O seriado mais melancólico do ano e que tem como cenário a cidade mais chuvosa do MUNDO, Seattle -  e eu achando que São Pedro tinha  alguma implicância com Curitiba, rsrs.  Enfim, The Killing é a versão americana de uma série da Dinamarca, cuja trama se concentra em descobrir o assassino de uma jovem garota chamada Rosie Larsen. Surgem pistas e novos suspeitos a cada episódio, em paralelo à investigação, está a família da menina, mergulhando num mar de sofrimento profundo e quase irreversível. Apesar de ter alguns episódios chatos no meio da temporada, a série está aqui no Top 5 pela trama bem construída, a  fotografia e a cidade chuvosa que potencializam a tristeza dos personagens,  as boas atuações e um final chocante e ousado, muuuito ousado.




4. Breaking Bad - A queridinha da crítica e considerada por muitos o melhor drama do ano, é verdade, isto deve ser resultado de uma temporada perfeita, com começo, meio, e um fim magnífico. Nesta quarta temporada,  o químico Walter White (Bryan Cranston,  sempre ótimo) está perdendo seu parceiro Jesse (Aaron Paul, outra excelente atuação) para  o enigmático Gus,  dono do laboratório e  chefão do crime, e alimentando a ideia de que ele poderá ser “descartado” a  qualquer momento, tornando-o cada vez mais paranoico e tenso. Na verdade, a temporada é toda tensa, “todos fica tenso” vendo BBAD. O roteiro bem elaborado e surpreendente é apenas um das qualidades da série.




3. Homeland  -  Com grandes chances de levar o prêmio de melhor série dramática e de melhor atriz para Claire Danes -  ARRASANDO como a psicótica bipolar Carrie -  no Globo de Ouro mês que vem, Homeland é com certeza uma das maiores surpresas de 2011. A trama conspiratória se baseia no retorno de um soldado americano que ficou preso por oito anos em um cativeiro no Oriente Médio. Todos acreditam na história, menos Carrie aloka, que acha que ele pode estar armando um novo atentado nos Estados Unidos. E ai? Será que ela está certa? Bom,  meus lábios estão selados, vai ver a série. Assim como aconteceu comigo, ela vai te conquistar aos poucos, quando você se der conta, já vai estar viciado, ficará paralisado com as revelações bombásticas e reviravoltas da história, e vai roer as unhas até o talo nos momentos mais tensos.






2.  Game of Thrones  - A megaprodução com o selo de qualidade HBO não poderia ficar de fora né gente, este grandioso épico com toques discretos de fantasia é baseado na obra de George R. R. Martin e teve um orçamento de estimados 60 milhões de dólares. Pois é, agente pode ver esse investimento em cada pequeno frame na tela, tudo é perfeito, a fotografia, o figurino, os cenários, a direção de arte. Caso você tenha passado um tempo fora do planeta Terra esse ano, vai um resumo da sinopse. A série se passa na Europa Medieval, num lugar chamado Westeros.  A trama é sobre duas famílias dominantes que lutam pelo controle do Trono de Ferro, cuja posse desse reino garante a sobrevivência durante um inverno longo de 40 anos que está por vir. A história tem menos magia e mais foco nas relações humanas, as intrigas, traições, e a busca pelo poder e o sexo. O tom sombrio aqui é o aspecto  mais fascinante, na minha opinião. O fato de o livro ser adaptado para a TV e especialmente para um canal como a HBO, no qual a audiência é adulta e espera algo adulto, não impede a exibição de cenas de teor forte, de sexo e violência, proporcionando assim uma adaptação mais fiel da obra e um programa mais ousado, surpreendente e polêmico. 





1. Once Upon a Time -  A série “coisa linda”  de 2011 - e a mais leve do top 5 né, ufa! Então, esse drama/fantasia chegou de surpresa e me apaixonei já no primeiro episódio, por isso ela é a NUMBER ONE. Dos mesmos roteiristas de Lost, Once Upon a  Time é uma série das mais agradáveis e originais do ano, ela acontece em duas linhas temporais, no passado, onde os personagens vivem no conto de fadas, e no presente,  onde habitam o nosso mundo, porém, sem as lembranças da vida anterior. Entendeu? Ok, a trama não é nada simples, e de maneira inteligente, é bem arquitetada, o que até nos faz “ignorar” alguns (d)efeitos especiais, mas é tudo tão fantástico e os personagens são tão carismáticos e bem protagonizados que até a Rainha Má merece um pouco do nosso carinho.

Quanto às decepções:


The Walking Dead - Depois de um início de temporada brilhante e apavorante, a série desceu "morro abaixo" a partir do 2° episódio e estagnou, assim como Rick e seu grupo estacionaram na fazenda do Dr. Hershel. A série se recuperou no último episódio do ano, mas até aqui, foram 5 semanas maçantes e nada empolgante. Espero que a segunda parte dessa temporada melhore, há salvação ainda gente, estou sendo otimista.



Falling Skies - Muitas expectativas foram criadas, não só por ser uma série cuja produção é de Steven Spielberg, mas porque se tratava de uma trama de invasão alienígena num mundo pós-apocalíptico, e isto é uma boa premissa. Mas passa um episódio, dois, três, quatro...e fico com a sensação de que poderia ser melhor, parece que os roteiristas estavam com a mente bloqueada, nada acontecia, a trama não avançava, onde está  a ousadia? E  as cenas de ação? O final “sem sal” da temporada apenas me deixou ainda mais frustrado. Uma pena né...

Confira as séries nas posições de 6 a 10!


14 de dezembro de 2011

MELHORES SÉRIES DE 2011 - Parte 1



10. Glee - Depois de uma segunda temporada fraquíssima, culpa de um roteiro desleixado, a dramédia musical está entrando nos trilhos, parece que aprenderam com os erros da temporada anterior. Espero que Glee continue melhorando a  cada episódio e nos surpreenda em 2012 com mais performances e versões musicais  fabulosas, como o mashup de Adele, Rumor Has It/Someone Like You. Escuta aqui!

  



9. The Good Wife -  Esta é a série da protagonista (foto) mais elegante, carismática e sensual da TV, Alicia Florrick (Julianna Margulies), e por isso já basta dar uma olhadinha neste drama jurídico e de conspiração política -  tem um post sobre o seriado aqui no blog, confira! Um roteiro inteligente e personagens cativantes e complexos são outros trunfos desta série que aos poucos vem sendo reconhecida nas premiações de TV.






8. Dexter - A sexta temporada da série do serial killer mais cool da TV está melhor que a anterior, ainda que não esteja nem perto das 4 primeiras temporadas, mas ainda assim, merece entrar neste top. Este ano Dexter buscou a fé, ou ao menos tentou, e tem que salvar o mundo de dois psicopatas que encenam seus crimes baseados em passagens bíblicas. Os últimos episódios vêm "sangrando" revelações bombásticas, ui! 








7. Revenge - a série estreante mais venenosa do ano, como diz um colega meu, “é cobra comendo cobra”. Emily VanCamp  interpreta Amanda Clarke, mas ela volta à cidade de Hamptons, onde passou sua infância, com o nome de Emily Thorne. Motivo?  Quer se vingar de todas as pessoas que se uniram para destruir sua família, acusando seu pai de terrorismo. Aqui ninguém é santo, falsidade é tão importante quanto o ar que respiram,  e é uma delícia ver Emily se vingando dos riquinhos da cidade, e o jeito como ela faz, são dos mais criativos e bem inteligentes. Olha o elenco bonito aí na fotinha!






6. American Horror Story - O drama/pesadelo de Ryan Murphy (Glee) merece figurar aqui pela ousadia e pela originalidade. AHS é bizarra, no bom sentido, diferente de tudo que rola na TV atualmente, a trama gira em torno de um casal que vai morar em  um casarão mal assombrado, cenário de crimes violentos. A série vem  nos brindando com altos e baixos na sua narrativa, mas surpreende e assusta como nenhum outro show.         




Confira o top 5 aqui!

8 de dezembro de 2011

Ataque ao prédio


O mundo está nas mãos de jovens criminosos 




As produções inglesas têm o grande mérito - sim, é algo positivo - de mostrar a juventude através de um prisma realista, crua e um pouco pessimista. Veja o caso de Misfits, série que tem como protagonistas, delinquentes juvenis que recebem poderes extraordinários enquanto fazem serviço comunitário. Apesar do elemento fantástico aqui, a realidade e o comportamento dos jovens não são nada glamourosos, como os jovens ricos e bonitos dos seriados americanos. Ah, outro bom exemplo é Skins, que trata de um grupo de adolescentes vindo de famílias disfuncionais cuja rotina se resume a baladas, sexo, drogas e ... mais sexo. 

A mais recente produção da terra da rainha, o divertido filme Ataque ao Prédio (Attack the Block, 2011) não foge desse estilo britânico, é mais um exemplar dessa quebra de padrão elucidada por protagonistas anti-heróis, que vivem nas marginais das grandes cidades, nada semelhante aos personagens estereotipados das produções americanas.  (Só para constar, adoro programas americanos tá, mas como um curioso com C maiúsculo, também amo descobrir e assistir às produções de outros países.)


Quer saber como as produções inglesas podem ser tão "liberais" artisticamente? Lá vai. Você veria, numa série americana, por exemplo, jovens assaltantes maconheiros salvando o planeta de uma invasão alienígena?

Nem é preciso pensar muito né? NO.  Então, essa é a trama de Ataque ao Prédio, dirigido pelo estreante Joe Cornish -  esse cara vai longe hein! - e produzido pelo visionário Edgar Wright (Todo Mundo quase Morto, Scott Pilgrim contra o Mundo). 

O longa já vale ser visto só pela premissa tão incomum. Ataque é bastante movimentado e já começa com a gangue, formado por esses jovens aspirantes a criminosos, moradores da parte pobre na zona sul de Londres, assaltando uma moça indefesa. Minutos depois, um meteoro cai na rua e logo eles descobrem o tal alienígena. Não demora muito para o líder do grupo, Moses (John Boyega), uma versão teen do Jay-Z, matar o bicho. Também não tarda muito para que a moça assaltada se alie aos moleques e comece a lutar contra os macacos-pretos de dentes fosforescentes, que invadem o prédio onde moram


Aquele humor britânico cheio de sarcasmo e os diálogos politicamente incorretos não poderiam faltar em Ataque ao Prédio - "Que tipo de alien cai justo num bairro pobre de Londres!". E não esperem efeitos especiais grandiosos, eles existem e são decentes, as criaturas do espaço sideral  tampouco decepcionam. Outro ponto positivo na produção, é o tratamento dado à história, tudo é crível demais, o ambiente, o contexto social e principalmente os personagens, que por serem meninos de rua acostumados com a violência, não demonstram, na maioria das vezes, medo algum da criatura, perseguindo-a incansavelmente e munindo-se de qualquer objeto ao alcance, nesse cenário, nem desconfiamos da coragem dos moleques. Tudo é verossímil.



Se no início do filme é difícil nos identificar com os personagens,  causando certa estranheza – será que esses assaltantes juvenis serão os heróis? Afee! - isso é superado após uns 15 minutos de projeção. No fim, estamos torcendo loucamente pela gangue e sentimos muito a cada membro “abatido” na caçada aos aliens. 

Ataque ao Prédio é uma agradável película, é original, envolvente e tem aquele ritmo frenético dos filmes de Guy Ritchie, além de ser mais divertido que os últimos filmes hollywoodianos de invasão alienígena, como o cansativo Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles (2011) e Skyline (2010), este, um retalho de clichês mal aproveitados. Confira aqui o TRAILER. 


4 de dezembro de 2011

O retorno sensacional de Os Muppets



 
Há 12 anos afastados do cinema e do show business, os Muppets, os fantoches mais fofos e queridos da TV, criados nos anos 50 por Jim Henson, o mesmo criador de Vila Sésamo, voltaram com TUDO no divertidíssimo filme Os Muppets (The Muppets, 2011), e estão dispostos a conquistar o seu espaço no mundo pop atual. Acho que isso já está acontecendo...

O filme pode ser uma grata surpresa para os mais jovens - como eu, por exemplo, que conhecia os bonecos mas pouco lembrava das aventuras que assistia quando criança  -  e para os mais crescidinhos,  uma sessão nostálgica, uma  oportunidade de rever os personagens que os alegravam quando pequenos. Os Muppets é dedicado para todos os públicos e faixas etárias,  abrangência  que  Hollywood deseja sempre inserir em seus blockbusters, mas que raramente consegue realizar algo agradável e agradar  a todos os públicos simultaneamente.  

 Eles tiram sarro de tudo, nem Crepúsculo ficou de fora!

 





















As crianças “abraçarão” o filme por causa do aspecto “fofo”, dos olhos arregalados, da boca grande dos fantoches e das suas aventuras e loucuras, enquanto os jovens e os adultos irão  se deliciar com as piadas inteligentes, as referências aos anos 80 e as hilárias participações especiais, como o Jim Parsons (o Sheldon de The Big Bang Theory) e a melhor de todas, na minha opinião,  a Emily Blunt, interpretando a sua personagem de O Diabo veste Prada, só que agora, ela é a assistente da Miss Piggy, dona da Vogue-Paris. Impagável!


A metalinguagem utilizada em Os Muppets é o grande fator responsável por 98 minutos de diversão e risadas, as piadas que fazem sobre eles mesmos são os pontos altos e os mais engraçados da fita, como o momento em que eles tiram sarro do próprio número musical e num outro instante em que um dos muppet tem a brilhante ideia de usar a edição para “apressar” a história. RI MUITO!. Tal recurso metalinguistico também é fruto de um roteiro muito inteligente escrito por Jason Segel, que também atua no filme, ele é o Gary,  par romântico de Mary, vivida pela simpática e talentosa Amy Adams

 Kermit e Miss Piggy parodiando o cartaz de Os Homens que não amavam as mulheres. Adorei!

 





















Mas, e a trama? Basicamente é o que mencionei no primeiro parágrafo, ou seja, ela é equivalente à realidade: os muppets precisam voltar ao mundo pop depois de anos afastados e esquecidos do grande público, isso é só o que você precisa saber, vá ao cinema sem medo de ser feliz e dê boas risadas, se livre daquele preconceito de que o filme é “infantil”, você irá se divertir tanto quanto o seu filho - caso você tenha algum - talvez até mais que ele. O único defeito de Os Muppets é que você fica com a sensação de “quero mais” após  o happy and beautiful end!

Bom, os muppets não estão apenas nos cinemas, a internet está aí para saciar nossa sede pelos queridos fantoches. Olha o que encontrei!

Miss Piggy se jogando descaradamente pro eterno superman, Christopher Reeve, hilário!


  


E a divertida versão-muppet de Bohemian Rhapsodia, do Queen:



25 de novembro de 2011

Tarde Demais - Um novo olhar sobre massacres nas escolas

Drama Tarde Demais trata de massacres nas escolas sob uma nova perspectiva





O tema do drama Tarde Demais (Beautiful Boy, 2010) é polêmico e de tempos em tempos impregna os noticiários por dias ou até semanas, são os massacres em escolas ou universidades promovidos por alunos ou ex-alunos, como no caso da tragédia ocorrida no mês de abril deste ano no Rio de Janeiro.

Se o contundente Elefante (trailer aqui), longa de Gus Van Sant baseado no massacre ocorrido em Columbine (EUA) em 1999, enfoca no dia a dia da escola, mostrando os alunos antes do fatídico incidente, em Tarde Demais, acompanhamos os dias seguintes dos pais de Sammy, que não é uma das vítimas do massacre apresentado no filme, mas o assassino que vitimou 17 alunos e depois cometeu suicídio.


Bill (Michael Sheen, de A Rainha) e Kate (Maria Bello de Marcas da Violência) são os pais que vivem esse momento dramático e inexplicável, afinal, nenhum pai espera que seu filho vai fazer algo do gênero, principalmente quando ele liga para a mãe na noite anterior à matança, dizendo que está tudo bem, quando realmente não está.

A questão que percorre todo o filme é: Os pais são ou não, culpados por tal comportamento do filho? Enquanto o pai acredita, inicialmente, que ele deu uma boa educação e atenção ao filho, não falhou em nada, pensa que isso às vezes acontece e não há explicação, Kate é atingida pela dúvida de que seu papel como mãe foi falho em algum momento, e se culpa por não ter percebido nada de errado com o filho, apenas sabia que ele era tímido demais e um pouco calado.

Além de lidar com todas essas emoções, o casal ainda tem que se desdobrar para fugir dos repórteres, que cercam sua casa a fim de entrevistas, da televisão, no qual o vídeo do filho no momento da carnificina é exibido a todo o momento, dos curiosos insensíveis, e ainda precisam esforçar-se para que o casamento, já esfacelado antes da tragédia, permaneça em meio a tantas crises pós-tragédia.

O toque documental dado ao filme nos dá a sensação de que tudo é real, é como acompanhássemos de perto o drama familiar da vizinha da frente. Tarde Demais é comovente, mostra outro lado desses massacres, que acontecem por aí todo o tempo. Confira AQUI o trailer.


22 de novembro de 2011

Amanhecer - parte 1 – O melhor e o pior


Há quase 3 anos, eu postava aqui no blog sobre um modesto filme de vampiros chamado Crepúsculo, era uma resenha positiva hein veja aqui, era a época pré-fenômeno, eu nem imaginava que a saga Twilight, os livros, os filmes e claro, os atores envolvidos, transformaria-se num sucesso estrondoso e tão duradouro. Bom, cá estamos em 2011 e estamos já na quarta sequência da saga, Amanhecer – Parte 1, bem superior que as duas partes anteriores juntas, em termos técnicos, o melhor de todos.
Se eu tinha gostado de Crepúsculo e dos personagens neste primeiro capítulo, comecei a mudar de ideia nas películas posteriores, Lua Nova e Eclipse, desculpem fãs, mas ambos são intragáveis. Ainda que Amanhecer tenha seus defeitos, tem coisas positivas também, a produção está mais caprichada e tem a Bella bebendo True Blood, quer dizer, sangue mesmo. Bom, listei os prós e os contras  de Amanhecer, a fim de ser democrático, não quero agir como alguns “críticos” que só apontam os “componentes ruins” por vergonha ou para não discordar dos amigos da profissão.

O melhor:

- Bella (Kristin Stewart) parou de chorar: Graças a Merlin a fase suicida e indecisa da garota, respectivamente de Lua nova e Eclipse, ficaram no passado. Ela agora é uma mulher casada e está esperando um bebê-sanguessuga, sem espaço para crises existenciais - irritantes - envolvendo ela e seus garotos.
- Avanço na história: Depois de dois filmes maçantes nos quais NADA acontece e tudo fica estacionado, Amanhecer finalmente mostrou mais consistência na trama, os personagens Bella e Edward evoluíram e muita coisa aconteceu, nem sei se vai restar algo para contar na parte dois – não, não li o 3 últimos livros – mas esse avanço é certamente o que o torna a melhor adaptação da saga até agora.
- Ausência dos Volturi: Se esse clã de vampiros “poderosos” causou certa expectativa de vermos cenas de ação sangrentas em Lua Nova, essa ideia desceu ralo abaixo no filme seguinte. Eles não fazem mal algum, são personagens descartáveis que apenas servem para causar uma leve “tensãozinha” nos Cullen para depois sumirem se achando os reis do mundo sombrio. Aposto que ninguém sentiu falta deles nesta parte.


- Expectativas: Desde Crepúsculo não eram geradas tantas expectativas em torno de Bella e seu futuro. Não sei se o mérito é do diretor Bill Condon (Dreamgirls - Em busca de um sonho) ou do avanço da narrativa, mas aqui ficamos ansiosos e nos importamos realmente com o destino da protagonista. Questões sobre a sua lua de mel, o bebê maligno e sua possível morte no parto cria até um sentimento de estima para com a personagem e nos faz querer ficar até o fim da sessão, algo que não aconteceu em Lua Nova.
- Edward no Rio: Pois é, Edward (Robert Pattinson) falando português, super bem, foi um dos momentos mais engraçados do longa da saga. Mas fica a dúvida: será que foi ele mesmo ou usaram um dublador? Enfim, ouvir o “português” num filme de sucesso mundial é no mínimo curioso.


O pior

- Atuação de Kristin: Seja feliz ou triste Bella está sempre com uma expressão de dor, de que comeu algo e não gostou. Não sei vocês, mas penso que a personagem já não apresenta o carisma mostrado em Crepúsculo, parece que no meio do caminho ela perdeu a empatia, a graça. A atuação contida da atriz talvez seja a causa.
- De onde vem o baby?: Como que um vampiro pode engravidar uma humana? Eu esperava uma explicação razoável, não tão elaborada claro, mas, qualquer uma. Mas a explicação da escritora é que, não há explicação!? O quê? Pois é, esse e outros detalhes da trama são muito inverossímeis.
- Cenas de luta: Os efeitos especiais estão perfeitos, mas as cenas de lutas entre os lobos e os vampiros são confusas, não transmitindo ao espectador a dose certa de tensão desejada para o momento. Ficamos sem saber quem é quem, e quando começamos a nos empolgar, o momento acaba. Um desperdício de frames, elas seriam talvez as melhores cenas de toda a saga, se fossem bem filmadas.
- Jacob cry: A Bella para e o Jacob (Taylor Lautner) começa a choradeira. Jake é um dos personagens que evoluíram na trama, ele aceitou finalmente a relação de Bella e Edward, o casamento e a gravidez e tal, mas por que ele ainda chora? Ah cara supera isso! Ainda bem que foram apenas alguns segundos de choradeira.
Agora vamos torcer para que o fim da saga, em 2012, termine de modo satisfatório.

17 de novembro de 2011

CONTÁGIO

Nada espalha mais que o medo. Nada é mais assustador que o próprio ser humano.





É impossível ver Contágio (Contagion, 2011) e não sair paranoico da sala de cinema. Pior ainda, é se deparar com pessoas tossindo próximas a você, depois de ver 1h40m de filme no qual a tosse é posta como uma das principais provas da contaminação da doença – sim, isso aconteceu comigo infelizmente, mas calma gente, estou bem, não tossi hoje, haha.

A culpa desse sentimento pós-sessão é do diretor Steven Soderbergh (Traffic, Erin Brockovich, Onze homens e um segredo, entre outros) que atribuiu à história um realismo assustador, fazendo-nos acreditar que algum dia, algo parecido pode acontecer na vida real. Oh wait, já aconteceu, a gripe H1N1! Pois é...

Damon recebe uma notícia nada boa...

Contando com um elenco invejável, Matt Damon, Gwyneth Paltrow, Marion Cotillard, Kate Winslet, Lawrence Fishburne, Jude Law e muito mais, todos eles de suma importância para a trama – se tem alguém que sabe trabalhar com um elenco grande e de peso, é Soderbergh - , o filme narra desde o primeiro paciente contaminado até o vírus matar milhões de pessoas ao redor do mundo e as cidades virarem um caos. Em Contágio, você verá o apocalipse chegando lentamente, vitimando pessoas normais, e ao contrário de The Walking Dead, elas morrem e não ressuscitam depois.

Não é mais um zoombie-movie, mas acredite, seres humanos descontrolados conseguem ser bem mais assustadores que os mortos-vivos. Como diz o cartaz do longa, “Nada se espalha como o medo”, acredito que realmente o medo pode ser considerado neste filme o grande vilão, até mais que o próprio vírus, as pessoas perdem a razão quando devem enfrentar uma situação inesperada com o qual não possuem o mínimo controle, elas ficam perigosas, egoístas, gerando aquele caos incontrolável.
O caos instalado!

O drama mostra esse desespero das pessoas quando a doença se alastra e chegam ao limite de depender do exército para comer, ok, algumas dessas “cenas de desespero” aqui talvez sejam um pouco exageradas, mas completamente presumíveis na realidade. Os ótimos Ensaio sobre a Cegueira (2008) e O nevoeiro (2007), também abordam esse viés psicológico da raça humana, mostrando que nós, terráqueos, podemos facilmente transformar-se em “monstros” em situações-limites.

Ai que dó, Kate! Bela sequência!

Em Contágio há cenas memoráveis, como aquela em que a médica interpretada por Kate Winslet sabe que foi contaminada, ou da personagem de Paltrow caindo no chão com convulsões, há uma trilha sonora bem tensa, discussões interessantes sobre conspiração farmacêutica – Vick Vaporub se beneficiou da gripe espanhola, um prato cheio para quem curte conspirações hein! - , e a questão da prioridade dada à elite em relação à vacina, são coisas que nos faz refletir bastante.

Ah, e como já disse, todo aquele realismo que fará você ficar um pouquinho paranoico - evite passar as mãos no rosto, cuidado com as mãos de quem a aperta, lave-as depois, fica longe de gente tossindo, e por aí vai...mas espere, isso nem é paranoia, é realidade, muita gente faz isso desde a explosão da gripe suína! Vixi.....o apocalipse está perto e ele virá na forma discreta de um minúsculo ser vivo!
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