Páginas

1 de fevereiro de 2012

Os Descendentes e a corrida de Clooney



A corridinha de George Clooney pelas ruas da vizinhança em Os Descendentes, já é o suficiente para ele levar o “careca dourado” de Melhor Ator no próximo dia 26 de fevereiro na cerimônia do Oscar.

Clooney está estupendo, despido da imagem de galã e daquele sorriso encantador que ele sempre está exibindo frente às câmeras, não que ele seja exibido, é pura simpatia mesmo. Não sei por que a imprensa adora “superlativar” as coisas, afirmando que esta é  “a melhor atuação da carreira de Clooney”, porque não é, é sim, mais  uma das suas brilhantes atuações, ele também estava muito bem em Syriana, Amor sem Escalas,  Onze Homens e um Segredo...

Bom, esse enfoque exacerbado no ator, que ás vezes até esquecem o filme propriamente dito, rendeu um bem humorado cartaz publicado no site The Shiznit, no qual  cartazes dos longas indicados ao Oscar recebem “frases divertidas”  e muito sinceras sobre os favoritos da premiação. O pôster de Os Descendentes, nesta versão irônica (foto abaixo),  vem com os dizeres: “Olhe, George Clooney é um bom ator”. Quer saber o que os outros cartazes dizem? Clique aqui! O resultado é hilário.



Retornando ao tema principal. Ok, o ator/diretor está excelente em Os Descendentes (The Descendants, 2011), é fato,  mas  não carrega o filme sozinho. Shailene Woodley, que interpreta Alex, a filha adolescente de Matt King (Clooney), também brilha ao lado do galã, seja nos momentos dramáticos ou nos cômicos. A garota já pode ser considerada um “tesouro” encontrado, e com um futuro promissor na telona, já que na telinha, ela já é um pouco conhecida, é  protagonista da série teen,  A  Vida Secreta de uma Adolescente Americana.

George e Shailene: química irretocável.

E o filme? Bom, indicado a cinco Oscars (Filme, Ator, roteiro adaptado, montagem e diretor  para Alexander Payne) Os Descendentes narra o drama de Matt, descendente de uma família rica e advogado, que tem de lidar com as duas filhas mal educadas e  “auto destrutivas”, depois que sua mulher sofre um acidente e entra em coma. A situação piora quando ele descobre que a mulher o estava traindo. O que ele faz? Ele sai correndo pelas ruas da vizinhança. Esta cena bastante divertida, é desde já antológica, inesquecível.

A relação  entre Matt e as filhas sempre foi algo distante, por isso há um esforço de sua parte em educá-las, além de se "espantar" ao perceber o quanto são desbocadas. Este é o plot principal da película, e responsável pelos momentos de risos e choros.

Quem disse que é fácil ser pai?

Apesar de ser um drama, e abordar temas nada fáceis, a trilha sonora suave e havaiana e o cenário paradisíaco do Havaí como pano de fundo, faz desse favorito ao Oscar, um filme gostoso de ver,  leve, descontraído, simples.  Payne merece todo o crédito por contar – com sucesso - uma história singela, acima de tudo, humana, sobre temas tão subjetivos como o autoconhecimento, a paternidade, tolerância, questões financeiras e principalmente, sobre aquele momento quando a vida pede algumas mudanças.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...