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8 de maio de 2011

A Mentira

Olive ensina nesta divertida comédia
como se aproveitar de um boato sobre você 





É raro, muito raro hoje em dia uma comédia teen não sofrer da falta de criatividade no roteiro e cair nos clichês do gênero. Mais difícil ainda é ser genuinamente divertido e ainda ter uma protagonista tão carismática, a ponto de ofuscar todo o elenco que participa do filme. Não é exagero. Refiro-me à descompromissada comédia A Mentira (Easy A, 2010) e a tal protagonista é a linda Emma Stone – que quase roubou a cena em Zumbilândia e A Casa das Coelhinhas e será o colírio pros marmanjos no reboot de Homem-Aranha ano que vem.


A mentira, propriamente dita, começa quando Olive (Emma) precisa inventar uma desculpa para não ir passar o fim de semana na casa dos pais excêntricos de sua amiga. Então ela diz que teve um encontro no final de semana. Conversa vai e conversa vem, e sendo quase forçada pela imaginação fértil de sua amiga, diz que fez sexo com o cara do encontro fake. Marianne (Amanda Bynes) é uma fanática religiosa que escuta a conversa e espalha o “rumor” para todo o colégio. Olive passa rapidamente de garota invisível à vadia.

"Agora sim, podem me chamar de vadia"


Bom, já que Olive ganhou notoriedade no colégio e tornou-se "popular", Brando (Dan Byrd) um aluno gay vítima de bullying tem uma ideia inusitada. Propõe uma simulação de uma transa entre eles para que os outros comecem a respeitá-lo e idolatrá-lo. Pronto. Olive passa de “vadia” a “vadia mais safada do colégio”.
Sempre com senso de humor e um sorriso encantador, Olive resolve encarnar literalmente a “slut” ou "piranha" do pedaço - bom, já que está na chuva, vamos se molhar mais - e começa a ajudar os garotos que não conseguem “pegar” as garotas, cobrando dinheiro ou vale-presentes inúteis em troca de “rumores”. A situação vai ficando complicada para a garota e a história, não se  preocupe, não cai naquele “dramalhão” antes do final feliz.



A Mentira é uma comédia com conteúdo, fala de altruísmo e individualismo sem parecer banal e ainda homenageia os filmes adolescentes dos anos 80. Emma Stone está magnífica - sua voz e seu jeito de falar são bônus agradáveis - seus depoimentos para a câmera permite a nós, espectadores, uma maior aproximação com a personagem, sarcástica, corajosa, divertida e não dá a mínima para o que outros pensam.


Ah, sabe o que ela andou fazendo naquele fim de semana? Ficou em casa tranquila, pintando as unhas e cantando “Pocket Full of Sunshine”, da Natasha Bedingfield. Cena hilária, confere aí:

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