5. The Killing - O seriado mais
melancólico do ano e que tem como cenário a cidade mais
chuvosa do MUNDO, Seattle - e eu achando
que São Pedro tinha alguma implicância
com Curitiba, rsrs. Enfim, The Killing é
a versão americana de uma série da Dinamarca, cuja trama se concentra em
descobrir o assassino de uma jovem garota chamada Rosie Larsen. Surgem pistas e
novos suspeitos a cada episódio, em paralelo à investigação, está a família da
menina, mergulhando num mar de sofrimento profundo e quase irreversível. Apesar
de ter alguns episódios chatos no meio da temporada, a série está aqui no Top 5
pela trama bem construída, a fotografia
e a cidade chuvosa que potencializam a tristeza dos personagens, as boas atuações e um final chocante e
ousado, muuuito ousado.
4. Breaking Bad - A queridinha da
crítica e considerada por muitos o melhor drama do ano, é verdade, isto deve ser resultado de uma temporada perfeita,
com começo, meio, e um fim magnífico. Nesta quarta temporada, o químico Walter White (Bryan Cranston, sempre ótimo) está perdendo seu parceiro
Jesse (Aaron Paul, outra excelente atuação) para o enigmático Gus, dono do laboratório e chefão do crime, e alimentando a ideia de que
ele poderá ser “descartado” a qualquer
momento, tornando-o cada vez mais paranoico e tenso. Na verdade, a
temporada é toda tensa, “todos fica tenso” vendo BBAD. O roteiro bem elaborado
e surpreendente é apenas um das qualidades da série.
3. Homeland - Com
grandes chances de levar o prêmio de melhor série dramática e de melhor atriz
para Claire Danes - ARRASANDO como a psicótica bipolar Carrie - no Globo de Ouro mês que vem, Homeland é com
certeza uma das maiores surpresas de 2011. A trama conspiratória se baseia no
retorno de um soldado americano que ficou preso por oito anos em um cativeiro
no Oriente Médio. Todos acreditam na história, menos Carrie aloka, que acha que ele
pode estar armando um novo atentado nos Estados Unidos. E ai? Será que ela está
certa? Bom, meus lábios estão selados,
vai ver a série. Assim como aconteceu comigo, ela vai te conquistar aos
poucos, quando você se der conta, já vai estar viciado, ficará paralisado com
as revelações bombásticas e reviravoltas
da história, e vai roer as unhas até o talo nos momentos mais tensos.
2. Game of Thrones - A megaprodução com o selo de qualidade HBO não poderia ficar de fora né gente, este
grandioso épico com toques discretos de fantasia é baseado na obra de George R.
R. Martin e teve um orçamento de estimados 60 milhões de dólares. Pois é, agente pode ver esse investimento em cada pequeno frame na tela, tudo é perfeito, a
fotografia, o figurino, os cenários, a direção de arte. Caso você tenha passado um tempo fora do planeta Terra esse ano, vai um resumo da sinopse. A série se
passa na Europa Medieval, num lugar chamado Westeros. A trama é sobre duas famílias dominantes que
lutam pelo controle do Trono de Ferro, cuja posse desse reino garante a
sobrevivência durante um inverno longo de 40 anos que está por vir. A história
tem menos magia e mais foco nas relações humanas, as intrigas, traições, e a
busca pelo poder e o sexo. O tom sombrio aqui é o aspecto mais fascinante,
na minha opinião. O fato de o livro ser adaptado para a TV e especialmente para
um canal como a HBO, no qual a audiência é adulta e espera algo adulto, não
impede a exibição de cenas de teor forte, de sexo e violência, proporcionando
assim uma adaptação mais fiel da obra e um programa mais ousado, surpreendente
e polêmico.
1. Once Upon a Time - A série “coisa linda” de 2011 - e a mais leve do top 5 né, ufa! Então, esse drama/fantasia chegou de
surpresa e me apaixonei já no primeiro episódio, por isso ela é a
NUMBER ONE. Dos mesmos roteiristas de Lost, Once Upon a Time é uma série das mais agradáveis e
originais do ano, ela acontece em duas linhas temporais, no passado, onde os
personagens vivem no conto de fadas, e no presente, onde habitam o nosso mundo, porém, sem as
lembranças da vida anterior. Entendeu? Ok, a trama não é nada simples, e de
maneira inteligente, é bem arquitetada, o que até nos faz “ignorar”
alguns (d)efeitos especiais, mas é tudo tão fantástico e os personagens são tão
carismáticos e bem protagonizados que até a Rainha Má merece um
pouco do nosso carinho.
Quanto às decepções:
The Walking Dead - Depois de um
início de temporada brilhante e apavorante, a série desceu "morro abaixo" a partir do
2° episódio e estagnou, assim como Rick e seu grupo estacionaram na fazenda do
Dr. Hershel. A série se recuperou no último episódio do ano, mas até aqui,
foram 5 semanas maçantes e nada empolgante. Espero que a segunda parte dessa
temporada melhore, há salvação ainda gente, estou sendo otimista.
Falling Skies - Muitas
expectativas foram criadas, não só por ser uma série cuja produção é de Steven
Spielberg, mas porque se tratava de uma trama de invasão alienígena num mundo pós-apocalíptico,
e isto é uma boa premissa. Mas passa um episódio, dois, três, quatro...e fico
com a sensação de que poderia ser melhor, parece que os roteiristas estavam com
a mente bloqueada, nada acontecia, a trama não avançava, onde está a ousadia? E
as cenas de ação? O final “sem sal” da temporada apenas me deixou ainda
mais frustrado. Uma pena né... Confira as séries nas posições de 6 a 10!
10. Glee - Depois de uma segunda
temporada fraquíssima, culpa de um roteiro desleixado, a dramédia musical está
entrando nos trilhos, parece que aprenderam com os erros da temporada anterior.
Espero que Glee continue melhorando a
cada episódio e nos surpreenda em
2012 com mais performances e versões musicais
fabulosas, como o mashup de Adele, Rumor Has It/Someone Like You. Escuta aqui!
9. The Good Wife - Esta é a série da protagonista (foto) mais elegante,
carismática e sensual da TV, Alicia Florrick (Julianna Margulies), e por isso
já basta dar uma olhadinha neste drama jurídico e de conspiração política
- tem um post sobre o seriado aqui no blog, confira! Um roteiro inteligente e personagens
cativantes e complexos são outros trunfos desta série que aos poucos vem sendo reconhecida nas
premiações de TV.
8. Dexter - A sexta temporada da
série do serial killer mais cool da TV está melhor que a anterior, ainda que
não esteja nem perto das 4 primeiras temporadas, mas ainda assim, merece entrar neste top. Este
ano Dexter buscou a fé, ou ao menos tentou, e tem que salvar o mundo de dois
psicopatas que encenam seus crimes baseados em passagens bíblicas. Os últimos
episódios vêm "sangrando" revelações bombásticas, ui!
7. Revenge - a série estreante mais venenosa do ano, como
diz um colega meu, “é cobra comendo cobra”. Emily VanCamp interpreta Amanda Clarke, mas ela volta à cidade
de Hamptons, onde passou sua infância, com o nome de Emily Thorne. Motivo? Quer se vingar de todas as pessoas que se
uniram para destruir sua família, acusando seu pai de terrorismo. Aqui ninguém
é santo, falsidade é tão importante quanto o ar que respiram, e é uma delícia ver Emily se vingando dos
riquinhos da cidade, e o jeito como ela
faz, são dos mais criativos e bem inteligentes. Olha o elenco bonito aí na fotinha!
6. American Horror Story - O
drama/pesadelo de Ryan Murphy (Glee) merece figurar aqui pela ousadia e pela
originalidade. AHS é bizarra, no bom sentido, diferente de tudo que rola na TV atualmente, a trama gira em torno
de um casal que vai morar em um casarão
mal assombrado, cenário de crimes violentos. A série vem nos brindando com altos e baixos na sua narrativa,
mas surpreende e assusta como nenhum outro show.
As produções inglesas têm o
grande mérito - sim, é algo positivo - de mostrar a juventude através de um prisma realista, crua e um pouco pessimista.
Veja o caso de Misfits, série que tem
como protagonistas, delinquentes juvenis que recebem poderes extraordinários
enquanto fazem serviço comunitário. Apesar do elemento fantástico aqui, a realidade e o comportamento dos jovens não são nada glamourosos, como os jovens ricos e bonitos dos seriados americanos. Ah, outro bom exemplo é Skins, que trata de um grupo de adolescentes vindo de famílias
disfuncionais cuja rotina se resume a baladas, sexo, drogas e ... mais sexo.
A mais recente produção da terra
da rainha, o divertido filme Ataque ao Prédio (Attack the Block, 2011) não foge desse estilo britânico, é mais um exemplar
dessa quebra de padrão elucidada por protagonistas anti-heróis, que vivem nas marginais
das grandes cidades, nada semelhante aos personagens estereotipados das produções
americanas. (Só para constar, adoro programas americanos tá, mas como um curioso com C maiúsculo, também amo descobrir e assistir às produções de outros países.)
Quer saber como as produções inglesas podem ser tão "liberais" artisticamente? Lá vai. Você
veria, numa série americana, por exemplo, jovens assaltantes maconheiros salvando o planeta
de uma invasão alienígena?
Nem é preciso pensar muito né? NO.
Então, essa é a trama de Ataque ao Prédio, dirigido pelo estreante Joe Cornish
- esse cara vai longe hein! - e produzido pelo visionário Edgar Wright (Todo Mundo quase
Morto, Scott Pilgrim contra o Mundo).
O longa já vale ser visto só pela premissa tão incomum. Ataque é
bastante movimentado e já começa com a gangue, formado por esses jovens
aspirantes a criminosos, moradores da parte pobre na zona sul de Londres, assaltando
uma moça indefesa. Minutos depois, um meteoro cai na rua e logo eles descobrem
o tal alienígena. Não demora muito para o líder do grupo, Moses (John Boyega),
uma versão teen do Jay-Z, matar o bicho. Também não tarda muito para que a moça
assaltada se alie aos moleques e comece a lutar contra os macacos-pretos de dentes fosforescentes, que invadem o
prédio onde moram.
Aquele humor britânico cheio de sarcasmo
e os diálogos politicamente incorretos não poderiam faltar em Ataque ao Prédio - "Que tipo de alien cai justo num bairro pobre de Londres!". E não esperem efeitos especiais grandiosos, eles existem e são decentes, as criaturas do espaço sideral tampouco decepcionam. Outro ponto positivo na produção, é o tratamento dado à história, tudo é crível demais, o ambiente, o contexto social e principalmente os personagens, que por serem meninos
de rua acostumados com a violência, não demonstram, na maioria das vezes, medo algum da criatura, perseguindo-a
incansavelmente e munindo-se de qualquer objeto ao alcance, nesse cenário, nem desconfiamos da coragem dos moleques. Tudo é verossímil.
Se no início do filme é difícil
nos identificar com os personagens, causando
certa estranheza – será que esses assaltantes juvenis serão os heróis? Afee!
- isso é superado após uns 15 minutos de projeção. No fim, estamos torcendo loucamente pela gangue e sentimos muito a cada
membro “abatido” na caçada aos aliens.
Ataque ao Prédio é uma agradável película, é original, envolvente e tem aquele ritmo frenético dos
filmes de Guy Ritchie, além de ser mais divertido que os últimos filmes
hollywoodianos de invasão alienígena, como o cansativo Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles (2011) e
Skyline (2010), este, um retalho de clichês mal aproveitados. Confira aqui o TRAILER.
Há 12 anos afastados do cinema e
do show business, os Muppets, os fantoches mais fofos e queridos da TV, criados
nos anos 50 por Jim Henson, o mesmo criador de Vila Sésamo, voltaram com TUDO
no divertidíssimo filme Os Muppets (The Muppets, 2011), e estão dispostos a conquistar
o seu espaço no mundo pop atual. Acho
que isso já está acontecendo...
O filme pode ser uma grata
surpresa para os mais jovens - como eu, por exemplo, que conhecia os bonecos
mas pouco lembrava das aventuras que
assistia quando criança - e para os mais crescidinhos, uma sessão nostálgica, uma oportunidade de rever os personagens que os alegravam
quando pequenos. Os Muppets é dedicado para todos os públicos e faixas etárias,
abrangência que
Hollywood deseja sempre inserir em seus blockbusters, mas que raramente consegue realizar algo agradável
e agradar a todos os públicos simultaneamente.
Eles tiram sarro de tudo, nem Crepúsculo ficou de fora!
As crianças “abraçarão” o filme
por causa do aspecto “fofo”, dos olhos arregalados, da boca grande dos
fantoches e das suas aventuras e loucuras, enquanto os jovens e os adultos irão se deliciar com as piadas inteligentes, as
referências aos anos 80 e as hilárias participações especiais, como o Jim
Parsons (o Sheldon de The Big Bang Theory) e a melhor de todas, na minha
opinião, a Emily Blunt, interpretando a
sua personagem de O Diabo veste Prada, só que agora, ela é a assistente da Miss
Piggy, dona da Vogue-Paris. Impagável!
A metalinguagem utilizada em Os
Muppets é o grande fator responsável por 98 minutos de diversão e risadas, as
piadas que fazem sobre eles mesmos são os pontos altos e os
mais engraçados da fita, como o momento em que eles tiram sarro do próprio número
musical e num outro instante em que um dos muppet tem a brilhante ideia de usar a
edição para “apressar” a história. RI MUITO!. Tal recurso metalinguistico também é fruto de um roteiro muito
inteligente escrito por Jason Segel, que também atua no filme, ele é o Gary, par romântico de Mary, vivida pela simpática e
talentosa Amy Adams.
Kermit e Miss Piggy parodiando o cartaz de Os Homens que não amavam as mulheres. Adorei!
Mas, e a trama? Basicamente é o
que mencionei no primeiro parágrafo, ou seja, ela é equivalente à realidade: os
muppets precisam voltar ao mundo pop depois de anos afastados e esquecidos do
grande público, isso é só o que você precisa saber, vá ao cinema sem medo de
ser feliz e dê boas risadas, se livre daquele preconceito de que o filme é “infantil”,
você irá se divertir tanto quanto o seu filho - caso você tenha algum - talvez até mais que ele. O único
defeito de Os Muppets é que você fica com a sensação de “quero mais” após o happy and beautiful end!
Bom, os muppets não estão apenas nos cinemas, a internet está aí para saciar nossa sede pelos queridos fantoches. Olha o que encontrei!
Miss Piggy se jogando descaradamente pro eterno superman, Christopher Reeve, hilário!
E a divertida versão-muppet de Bohemian Rhapsodia, do Queen: