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23 de outubro de 2017

Coherence – um filme que vai explodir sua mente


Coherence, um suspense sci-fi independente lançado em 2013, é um desses filmes que talvez você não conheça, é também uma dessas obras perturbadoras da mesma categoria de Donnie Darko, O Predestinado e Amnésia, por exemplo. Se você já viu um deles, já sabe do que estou falando. Aliás, essa produção se encaixa bem no meu post Os melhores filmes-cabeça de todos os tempos.

Dirigido pelo roteirista da animação Rango, James Ward Byrkit, Coherence – seu primeiro trabalho como diretor – é uma obra que desafia a nossa mente, no melhor estilo “blow your mind”, sendo assim, é categórico que você saiba o mínimo possível sobre a trama de Coherence. O que você pode saber é apenas isso: oito amigos se reúnem para um jantar na casa de um deles na noite em que um cometa está passando pela órbita da Terra. A noite vira um caos quando coisas estranhas começam a acontecer. Isso é tudo!

12 de outubro de 2017

São tempos difíceis para um cinéfilo!

É desanimador, os trailers estão revelando as surpresas dos filmes e a ida aos cinemas já não é tão agradável assim



São tempos difíceis para um cinéfilo. São tempos difíceis para ir ao cinema. Esta não é uma crítica de um filme, é mais um desabafo de um cinéfilo (eu) incomodado com a atual realidade no que diz respeito ao processo de divulgação de uma obra cinematográfica e ao hábito de ir a um cineplex assistir a um filme.

Ir ao cinema tem se tornado cada vez mais uma odisseia das mais frustrantes, o desrespeito é um dos principais fatores, mas a frustração já te acomete meses antes do filme estrear. Refiro-me à pesadíssima campanha de marketing das distribuidoras, que lançam centenas de trailers e vídeos – e se reclamar, publicam ainda os dez minutos iniciais do filme! Woooow! Maravilha hein!!! –  revelando cenas importantes da história, arruinando quase completamente a nossa experiência no cinema. O poder de “sugerir” caiu em desuso em detrimento do “explícito”.  


Se o clássico Tubarão fosse lançado nos dias atuais e o bicho fosse revelado nos trailers, Steven Spielberg teria uma síncope, morreria na hora. Pois você bem sabe – espero que saiba mesmo – que o maior trunfo do filme é a não aparição do tubarão durante a maior parte da produção, o que não diminui o suspense e o impacto quando ele ataca. Tubarão é a prova de que “não ver” pode ser bem mais apavorante do que escancarar uma ameaça. Infelizmente, o lema de Hollywood hoje em dia é exatamente o contrário: Mais é sempre mais.


Essa discussão tem sido cada vez mais frequente nos sites especializados. Ufa! Achei que só eu estava percebendo esse marketing “arregaçado”. Até David Lynch se posicionou sobre essa questão e eu concordo totalmente com ele. "Hoje em dia, os trailers contam praticamente a história inteira do filme. Eu acho que eles são realmente prejudiciais".

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