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8 de fevereiro de 2011

EM BUSCA DA PERFEIÇÃO

Aronofsky nos brinda com um excelente drama de balé com toques de terror e ainda nos mostra uma Natalie Portman como nunca se viu antes!






A busca pela perfeição é o grande e único desejo da bailarina Nina Sayers. Até a personagem chegar a tal esmero na apresentação de O Lago dos Cisnes, em que terá que interpretar dois papéis díspares: o cisne branco e o cisne negro, ela terá que enfrentar – e superar - seus limites físicos e psicológicos. Em resumo, esta é a trama de Cisne Negro (Black Swan, 2010), drama de horror do cultuado Darren Aronofsky (Pi, Réquiem para um Sonho, O Lutador). 














Natalie Portman que anda levando o prêmio de melhor atriz em todas as premiações ao redor do mundo - e acho que fora dele também - e que com certeza levará o Oscar no próximo dia 27 de fevereiro, está realmente estupenda como Nina, a bailarina frígida – segundo o seu treinador Thomas, vivido pelo ótimo Vincent Cassel. Portman já mereceria o Oscar apenas pela ousadíssima e corajosa cena da masturbação. Ui!


Nina é meiga, linda, dedicada, um pouco ingênua, características que lhe favorecem na interpretação do cisne branco. Porém, seu problema maior é o cisne negro, pois é necessário um desempenho mais sensual, tem que saber seduzir, apresentar uma certa malícia nos gestos e na expressão facial, competências que não fazem parte de sua personalidade, e que para adquiri-las Nina passará por momentos de aflição que agoniarão até os espectadores mais frios emocionalmente - sim, no cinema onde eu estava vi meninas se contorcendo na cadeira nas cenas mais agonizantes.


 Cisne Negro deve ser chamado de um filme de arte com toques de terror psicológico. Começa como um drama de balé e aos poucos se encaminha para um suspense cheio de reviravoltas, sangue e cenas pra lá de picantes entre Nina e sua amiga rival extrovertida, vivida por Mila Kunis (foto), que esteve recentemente em O Livro de Eli. Ah, e a cena final do cisne negro na apresentação é belíssima e desde já uma das melhores do cinema contemporâneo. 

É o primeiro grande - e arrebatador - filme que vi esse ano (ok, o filme é de 2010, mas vale a sua estréia em terras brasileiras) digno de um post aqui. Sexy, intrigante, ousado, corajoso, considero Cisne Negro bem superior ao longa anterior de Darren, O Lutador – aquele filme de boxe com o nada carismático Mickey Rourke.
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