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26 de junho de 2016

Independence Day: O Ressurgimento


Era para ser uma sequência espalhafatosa e tão divertida quanto o original de 1996 - hoje em dia, já considerado um clássico dentre os filmes catástrofes -, mas Independence Day: O Ressurgimento (Independence Day: Resurgence, 2016) é apenas espetaculoso, talvez você se divirta, se não se incomodar com os personagens caricatos e rasos, o abuso de clichês, os diálogos sofríveis, e não perceber que a obra está subestimando sua inteligência.

A trama é um fiapo: alienígenas com suas naves maiores que a Terra invadem o planeta e os humanos precisam lutar contra eles de todas as formas possíveis. A dinâmica é exatamente igual à da obra original, mas nada funciona aqui, parece que Roland Emmerich fez tudo às pressas.


O maior problema de Independence Day: O Ressurgimento é que tem personagens demais (pra que colocar tanta criança no meio da história que só fazem gritar!!), alem de excessivo, são dispensáveis, nenhum é bem desenvolvido e não possuem o mínimo de carisma dos personagens do primeiro longa, como o capitão Steven Hiller, vivido por Will Smith. Antigas figuras retornam na sequência, como o presidente (Bill Pullman) e Levinson (Jeff Goldblum), com o intuito de causar no espectador um senso de nostalgia, mas o roteiro não contribui muito, eles não têm tanta graça assim, apenas vomitam frases de efeito e apenas não sentimos nada.

Os novos personagens de Liam Hemsworth (Morrison) e Jessie T.Usher (Hiller) até tentam dar graça à história, mas é em vão, seus momentos heroicos sequer empolgam. Quanto aos aliens, bem, ao contrário dos visitantes misteriosos de ID4, na continuação, eles não têm medo de aparecer, e não nos causam surpresa alguma.


Emmerich é o mestre da destruição no cinema, seus bons e mais coesos filmes (ID4, O Dia Depois de Amanhã e 2012) sempre são um espetáculo visual, o diretor sabe perfeitamente criar sequências de ação surpreendentes e destruir cidades, em O Ressurgimento não é diferente, no entanto, a sensação que fica é que essa continuação foi finalizada – e idealizada – pensando mais no lucro, do que no aspecto criativo/artístico. Será que foi? Tenho certeza... O resultado é um filme sem alma, sem coração, uma sequência desnecessária e completamente esquecível, e anos-luz inferior ao original, que ainda hoje, continua com o seu charme e ainda diverte pacas.

NOTA: 5,0

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