Era
para ser uma sequência espalhafatosa e tão divertida quanto o original de 1996
- hoje em dia, já considerado um clássico dentre os filmes catástrofes -, mas
Independence Day: O Ressurgimento (Independence Day: Resurgence, 2016) é apenas
espetaculoso, talvez você se divirta, se não se incomodar com os personagens
caricatos e rasos, o abuso de clichês, os diálogos sofríveis, e não perceber
que a obra está subestimando sua inteligência.
A trama é um fiapo: alienígenas
com suas naves maiores que a Terra invadem o planeta e os humanos
precisam lutar contra eles de todas as formas possíveis. A dinâmica é exatamente
igual à da obra original, mas nada funciona aqui, parece que Roland Emmerich fez
tudo às pressas.
O maior problema de Independence
Day: O Ressurgimento é que tem personagens demais (pra que colocar tanta
criança no meio da história que só fazem gritar!!), alem de excessivo, são
dispensáveis, nenhum é bem desenvolvido e não possuem o mínimo de carisma dos
personagens do primeiro longa, como o capitão Steven Hiller, vivido por Will
Smith. Antigas figuras retornam na sequência, como o presidente (Bill Pullman)
e Levinson (Jeff Goldblum), com o intuito de causar no espectador um senso de
nostalgia, mas o roteiro não contribui muito, eles não têm tanta graça assim,
apenas vomitam frases de efeito e apenas não sentimos nada.
Os novos personagens de Liam
Hemsworth (Morrison) e Jessie T.Usher (Hiller) até tentam dar graça à história,
mas é em vão, seus momentos heroicos sequer empolgam. Quanto aos
aliens, bem, ao contrário dos visitantes misteriosos de ID4, na continuação,
eles não têm medo de aparecer, e não nos causam surpresa alguma.
Emmerich é o mestre da destruição
no cinema, seus bons e mais coesos filmes (ID4, O Dia Depois de Amanhã e 2012) sempre são um
espetáculo visual, o diretor sabe perfeitamente criar sequências de ação surpreendentes e destruir cidades, em O Ressurgimento não é diferente, no entanto, a sensação que
fica é que essa continuação foi finalizada – e idealizada – pensando mais no lucro, do
que no aspecto criativo/artístico. Será que foi? Tenho certeza... O resultado é um filme sem alma, sem coração, uma
sequência desnecessária e completamente esquecível, e anos-luz inferior ao
original, que ainda hoje, continua com o seu charme e ainda diverte pacas.
NOTA: 5,0
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