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17 de dezembro de 2015

Star Wars – O Despertar da Força


 
Podem ficar aliviados, Star Wars – O Despertar da Força (The Force Awakens, 2015) é um filmaço, um aventura digna da trilogia clássica iniciada nos anos 70 e infinitamente superior aos capítulos I,II e III, juntos. J. J. Abrams une o “novo” e o “antigo” – respeitando a mitologia da série – e deixa os fãs saltitantes de felicidade.


Nunca duvidei da genialidade de J. J. Abrams, se há alguém que poderia assumir o desafio de comandar uma das sagas mais famosas e duradouras do cinema, seria ele, não tinha escolha mais certa, afinal, o cara é nerd assumido - graças a Vader -  e “ressuscitou” outra franquia de sucesso: Star Trek.  Sou o maior fã de Abrams, ele nunca “errou a mão” -  ao menos à frente da câmera - , criou três séries sensacionais – Alias, Lost e Fringe  – nos presenteou com o nostálgico Super 8, produziu o perturbador Cloverfield e claro, mostrou a Enterprise para uma nova geração e me fez um trekker dos mais fervorosos.


O Despertar da Força é tudo o que os fãs esperavam desde O Retorno de Jedi (1983), uma aventura leve e divertida, bem-humorada e com cenas de ação épicas e que deixa na obscuridade os episódios I, II e III (A Ameaça Fantasma, O Ataque dos Clones, A Vingança dos Sith, respectivamente), que chegaram à luz mais por motivos técnicos, na verdade, George Lucas estava mais interessado na tecnologia que iria utilizar na concepção dos filmes e menos na história em si.


Se os últimos filmes da trilogia pecavam pela falta de “coração”, Star Wars – O Despertar da Força é uma montanha-russa de emoções, na qual a história e os personagens são levados a sério.  Um dos maiores acertos do filme é a dupla de protagonistas e novatos na “saga”, a catadora de lixo Rey (Daisy Ridley) e o stormtrooper Finn (John Boyega). A química entre eles é indiscutível, enquanto a heroína apresenta carisma e tem o perfil ideal para liderar uma saga dessa magnitude, Boyega alterna entre a comicidade e a dramaticidade nos momentos mais tensos sem esforços. 



Já quanto aos personagens antigos, Han Solo (Harrison Ford, com muito fôlego ainda) e Chewie, levam os fãs à histeria. É muito bom matar a saudade dessa dupla, e a interação entre eles e os personagens novos resultam quase sempre em momentos divertidíssimos. Do lado negro da força, está o atormentado Kylo Ren (Adam Driver, da série Girls), figura de muita importância na trama mas pouco desenvolvido, decerto será explorado mais nos próximos capítulos, e o mais assustador, o General Hux, interpretado com unhas, dentes e olhos sangrando por Domhnall Gleeson, aquele ruivinho simpático de Questão de Tempo e o jovem programador do ótimo Ex-Machina.


Com cenas de ação mirabolantes e bem realizadas, efeitos especiais que nunca soam artificiais como em A Ameaça Fantasma, personagens carismáticos e de fácil apego e uma história que, ora recria momentos da velha trilogia, ora nos surpreende com instantes de cair o queixo, Star Wars – O Despertar da Força, saudosista, corresponde às expectativas dos fãs e não fãs fazendo jus aos aplausos e ovações e deixa uma vontade de ver de novo...por que não?


NOTA: 9,0

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