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1 de maio de 2016

Capitão América: Guerra Civil




Depois do imperfeito e exagerado Vingadores: Era de Ultron, o novo filme dos heróis da Marvel, Capitão América: Guerra Civil (Captain America: Civil War, 2016) estreia com a responsabilidade de manter a qualidade do seu antecessor, Soldado Invernal, e ser melhor que Era de Ultron. Bem, missão cumprida com sucesso. Guerra Civil é sem dúvida um dos melhores do estúdio -  não é o melhor de todos, ainda prefiro Os Vingadores – o mais ousado e, também, o mais sério. E como a comparação com o Batman Vs Superman é inevitável, confesso que mesmo sendo team superman desde sempre,  Guerra Civil é bem mais coeso que o filme da DC, o desenvolvimento equilibrado dos personagens e a narrativa fluida – sem deixar o espectador perdido – são outros fatores que superam o filme de Zack Snyder.


Sem me ater muito à trama, apenas para contextualizar, os eventos de Guerra Civil iniciam após os acontecimentos catastróficos de Era de Ultron. A morte de civis em Sokovia e a batalha em Nova York fazem com que a ONU crie um tratado para supervisionar as ações dos super-heróis. Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) aceita o acordo, mas Steve Rogers/Capitão América (Chris Evans) não aceita ser controlado pelo governo.  Um atentado envolvendo o soldado invernal Bucky, amigo de Rogers, é o estopim para a separação dos vingadores em dois grupos: aqueles a favor do tratado, e os contra o tratado. 



O aguardado embate entre o team Homem de Ferro e o team Capitão América, envolvendo diversos super-heróis, é impressionante, divertido e empolgante, e mesmo em lados opostos, os heróis ainda tentam cuidar uns dos outros. Mesmo com visíveis falhas nos efeitos visuais, em alguns momentos, é uma sequência para ficar na memória. Na verdade, todas as cenas de luta são engenhosíssimas. 


A proeza de Joe e Anthony Russo nesse filme assemelha-se à de Joss Whedon em Os Vingadores, além de desenvolver tantos personagens de forma equilibrada, trabalhar as motivações dos protagonistas, os diretores tiveram a difícil missão de incluir novos personagens à trama, de uma forma satisfatória, com espaço suficiente para brilharem em cena e sem interferir no ritmo da história. 



Enquanto o Pantera Negra (Chadwick Boseman) mostrou-se um herói promissor no universo cinematográfico da Marvel, o Homem-Aranha teenager roubou a cena de seus protagonistas. Confesso, eu achava desnecessário mais um filme sobre o aracnídeo, mas em minutos, Tom Holland – que escolha acertada!! - me convenceu do contrário. São poucos os seus momentos na tela, mas suficiente para nos cativar e nos livrar de mais um filme de origem do personagem no futuro. Ufa! Os diálogos do garoto com Tony Stark são hilários, representam alguns poucos momentos de alivio cômico do filme, na verdade, são apenas nessas cenas que Tony não aparece amargurado, e aqui percebemos o quão o personagem amadureceu, desde o primeiro Homem de Ferro


Capitão América: Guerra Civil é mesmo um filme sério e ganha pontos por arriscar, ao invés do vilão que quer destruir o mundo, o mais importante são os dilemas morais dos super-heróis e o elemento humano, e isso é mais evidente no clímax chocante e “contido”, que não significa algo negativo, mas nos dá uma ideia do tom que ditará os próximos filmes dos vingadores. 

NOTA: 9,0

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