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10 de novembro de 2011

It´s Billy. Billy Elliot.

  • Este filme está na posição 17 no top 100 da Empire dos melhores filmes britânicos de todos os tempos.





Se você pensa que Cisne Negro é o “filme de balé” mais cool dos últimos tempos, é porque não viu Billy Elliot, filme britânico lançado em 2001, e incontestavelmente um dos melhores e mais belos filmes daquele ano, e certamente, sem exageros, um dos melhores da década passada.


Billy Elliot, interpretado magnificamente por Jamie Bell, é um garoto de 11 anos que larga o boxe para se render ao ballet, ele enfrenta estereótipos, o pai, um mineiro de modos tradicionais e Tony, o irmão briguento , porém de muito bom gosto musical. Confere aí o que ele anda ouvindo:


Stephen Daldry é o responsável pela obra ser dotada de tanta sensibilidade e inteligência, advindo do teatro, este é seu primeiro trabalho como diretor de película, e até hoje, ainda é seu MELHOR TRABALHO. Daldry, obviamente tornou-se queridinho de Hollywood posteriormente ao sucesso desse longa, e realizou outras produções cultuadas como o (chato) As Horas (2002) e o (apenas bom) O Leitor (2008). Vale comentar que Billy Elliot foi completamente ignorado no Oscar daquele ano, pois é, um dos erros grotescos da Academia.

O ano é 1984, e enquanto o pai e o irmão estão ocupados com a greve dos mineradores numa pequena cidade britânica, pano de fundo da história, o garoto Billy está tendo aulas ás escondidas com a única pessoa que percebe a sua vocação pra dança, a professora de balé, vivida por Julie Walters.

Billy e seu pai, já ciente do talento do filho.

Como é um filme de dança, tem que ter música, e elas não poderiam ser melhores, como você já pode perceber no vídeo aí em cima. Os conflitos dos mineradores e os eletrizantes passos de dança do menino - estas são as melhores cenas - são embalados por raridades musicais dos anos 80, o melhor do punk rock, como The Clash e T. Rex, que predominam a trilha sonora. Escuta aí:


E esse início de filme é fabuloso:



Ah, e tem mais essa do The Clash, que toca num momento crucial do filme:




Billy Elliot é um filme de choro e risos fáceis - sempre escorrega uma lágrima quando eu assisto, e olha que vi o filme não menos que 9 vezes -, até os marmanjos vão chorar, bem dirigido, atuações impecáveis, e trata de questões tabus como o homossexualismo de maneira discreta e inocente, e claro, aborda ainda o preconceito da sociedade que infelizmente ainda insiste em “bater na tecla” sobre a questão do homem jogar futebol, e só as mulheres que devem aprender balé! Alguém ainda pensa assim?

...e Billy se sai melhor que todas as meninas juntas...

Jamie Bell, o menino que ganhou o Bafta – o Oscar da Inglaterra – de Melhor Ator por esse papel desbancando, acredite, Russel Crowe e Tom Hanks naquele ano, está grandinho e fez ótimos filmes depois, como o estranho Querida Wendy e o excelente King Kong, de Peter Jackson. Jamie, recentemente cedeu seus movimentos e sua voz ao Tintin no filme As Aventuras de Tintin: O Segredo do Licorne, de Steven Spielberg, que logo estreará nos cinemas.

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