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16 de setembro de 2012

Elementary traz um Sherlock Holmes superficial e chato




Com o som da música Young Blood do grupo The Naked and Famous nos momentos iniciais de Elementary, já pude prever que o seriado seria desprovido de qualquer resquício de originalidade. Não é pela música, ela é ótima, mas porque este hino indie já tocou em milhares de outros seriados antes, fato que confirma a preguiça que acometeu não só os responsáveis pela trilha sonora, mas os roteiristas também. É, parece que a tentativa da CBS de criar um Sherlock Holmes americano e repetir o sucesso da série britânica Sherlock falhou, não que eu tivesse alguma esperança, como já tinha dito NESTE POST meses atrás.

A série estreia dia 27 de setembro, mas já caiu na rede e todo mundo já viu e estão lixando o programa sem piedade, a crítica tem razão, o piloto de Elementary não empolga em nenhum momento, é sonolento e a história é fraquíssima, digna dos CSI´s da TV. Acredito que ninguém quer mais um drama policial na telinha, já não existem o bastante?

O Sherlock da série britânica e o detetive na versão americana

Comparar esta versão com a série Sherlock é inevitável, contudo, muitas das características que fizeram deste um programa envolvente, inovador e surpreendente, inexiste no programa americano. A começar pelo protagonista, enquanto o detetive interpretado por Benedict Cumberbatch na série inglesa encanta pela sua irreverência, egocentrismo e sarcasmo, o Sherlock de Jonny Lee Miller (Sombras da Noite) é tedioso, previsível (aquele diálogo no qual ele diz para sua parceira que foi no Google que encontrou informações sobre o seu pai, ilustra bem isso), e seus poderes dedutivos se mostram bem limitados. Em Sherlock, ficamos extasiados com as cenas em que o detetive mostra seus poderes de dedução, somado com os diálogos rápidos e os textos surgindo na tela, é sempre um dos momentos mais extraordinários do episódio, o que não acontece na versão americana.

Liu e Miller, falta carisma

Outro pecado de Elementary foi escolher uma mulher para ser o parceiro de Holmes, um crime à obra de Sir Conan Doyle, claro que se Lucy Liu (As Panteras), a versão feminina de John Watson, que agora se chama Joan Watson, mostrasse alguma química com Jonny Lee e fosse menos inexpressiva,  o “estrago” seria menor.  Nem é preciso dizer que a versão masculina vivida por Martin Freeman na série britânica é bem superior, seu personagem é mais vivo e complexo, tanto o personagem quanto o ator possuem mais carisma que todo o elenco de Elementary, não à toa ele atravessou o oceano e foi parar em Hollywood, este ano ele protagoniza um dos filmes mais aguardados do ano, O Hobbit: Uma Jornada Inesperada.

Em resumo, Elementary é tão ruim quanto esperávamos, o piloto não tem sequer um “gancho” para prender o espectador até o próximo capítulo, um erro grotesco, já que se trata do primeiro contato com o público. A série até pode melhorar ao longo da temporada, mas não acompanharei. Se você não conhece Sherlock, dê preferência a ela.

5 comentários:

  1. Só séries poxa? =D

    Bruno Paes

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  2. Dectectives série que eu amo, Sherlock Holmes era um dos meus favoritos. Eu realmente gostaria de ver True Detective 2, uma série de crime e investigação com dois existosas temporadas.

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  3. Adoro a série e achei a crítica do texto mto chata e tendenciosa. Gosto de Sherlock e mto mas são produções bem diferenciadas. Mas gosto é gosto e não suporto quem tenta impor o seu.

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