Com o som da música Young Blood do grupo The Naked and Famous nos momentos iniciais de Elementary, já pude
prever que o seriado seria desprovido de qualquer resquício de originalidade.
Não é pela música, ela é ótima, mas porque este hino indie já tocou em milhares
de outros seriados antes, fato que confirma a preguiça que acometeu não só os
responsáveis pela trilha sonora, mas os roteiristas também. É, parece que a
tentativa da CBS de criar um Sherlock Holmes americano e repetir o sucesso da
série britânica Sherlock falhou, não que eu tivesse alguma esperança, como já
tinha dito NESTE POST meses atrás.
A série estreia dia 27 de
setembro, mas já caiu na rede e todo mundo já viu e estão lixando o programa
sem piedade, a crítica tem razão, o piloto de Elementary não empolga em
nenhum momento, é sonolento e a história é fraquíssima, digna dos CSI´s da TV. Acredito que ninguém quer mais um
drama policial na telinha, já não existem o bastante?
O Sherlock da série britânica e o detetive na versão americana
Comparar esta versão com a série
Sherlock é inevitável, contudo, muitas das características que fizeram deste um programa
envolvente, inovador e surpreendente, inexiste no programa americano. A começar
pelo protagonista, enquanto o detetive interpretado por Benedict Cumberbatch na
série inglesa encanta pela sua irreverência, egocentrismo e sarcasmo, o
Sherlock de Jonny Lee Miller (Sombras da Noite) é tedioso, previsível (aquele
diálogo no qual ele diz para sua parceira que foi no Google que encontrou
informações sobre o seu pai, ilustra bem isso), e seus poderes dedutivos se
mostram bem limitados. Em Sherlock, ficamos
extasiados com as cenas em que o detetive mostra seus poderes de dedução,
somado com os diálogos rápidos e os textos surgindo na tela, é sempre um dos
momentos mais extraordinários do episódio, o que não acontece na versão
americana.
Liu e Miller, falta carisma
Outro pecado de Elementary foi
escolher uma mulher para ser o parceiro de Holmes, um crime à obra de Sir Conan
Doyle, claro que se Lucy Liu (As Panteras), a versão feminina de John Watson,
que agora se chama Joan Watson, mostrasse alguma química com Jonny Lee e fosse
menos inexpressiva, o “estrago” seria menor. Nem é preciso dizer que a
versão masculina vivida por Martin Freeman na série britânica é bem superior, seu personagem é mais vivo e complexo, tanto o personagem quanto o ator possuem mais
carisma que todo o elenco de Elementary, não à toa ele atravessou o oceano e foi parar em Hollywood, este ano ele protagoniza um dos filmes mais aguardados do ano, O
Hobbit: Uma Jornada Inesperada.
Em resumo, Elementary é tão ruim
quanto esperávamos, o piloto não tem sequer um
“gancho” para prender o espectador até o próximo capítulo, um erro grotesco, já que se trata do primeiro contato com o público. A
série até pode melhorar ao longo da temporada, mas não acompanharei. Se você não
conhece Sherlock, dê preferência a ela.
Só séries poxa? =D
ResponderExcluirBruno Paes
Gostei da análise! Parabéns!
ResponderExcluirOi. Bom que gostou. Obrigado.
ResponderExcluirDectectives série que eu amo, Sherlock Holmes era um dos meus favoritos. Eu realmente gostaria de ver True Detective 2, uma série de crime e investigação com dois existosas temporadas.
ResponderExcluirAdoro a série e achei a crítica do texto mto chata e tendenciosa. Gosto de Sherlock e mto mas são produções bem diferenciadas. Mas gosto é gosto e não suporto quem tenta impor o seu.
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