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13 de setembro de 2015

Nocaute – Jake Gyllenhaal é a única estrela do filme de boxe




O auge, a queda e a redenção do boxeador Billy Hope sustentam a trama de Nocaute (Southpaw, 2015), novo filme do diretor de Dia de Treinamento, Antoine Fuqua, no qual é Jake Gyllenhaal o merecedor dos aplausos e de futuras indicações nas premiações dos próximos meses. Apesar de previsível, o longa tem “calibre” suficiente para figurar ao lado de outros ótimos filmes de boxe como A Luta Pela Esperança com Russell Crowe, O Vencedor com Christian Bale e Guerreiro com Tom Hardy.


A história inicia já com uma sequência nervosa dentro do ringue. Aliás, os primeiros 45 minutos de Nocaute jogam o público numa montanha-russa de emoções das mais variadas. No auge da fama e da popularidade, Billy Hope é acometido por uma série de acontecimentos avassaladores que mudam radicalmente a sua vida, tirando-o do pugilismo por um tempo.


Obviamente, como manda a cartilha de um bom filme de boxe, o retorno do homem ao ringue acontece, com uma luta acirradíssima e emocionante,  mas a força de Nocaute não está no roteiro - pode estar até nos versos agressivos das músicas do Eminem - mas é o protagonista e o seu intérprete quem dá um show.

Jake Gyllenhaal, transformado fisicamente, acrescenta mais um personagem marcante à sua trajetória sólida, com pouquíssimos trabalhos “irregulares” e repleto de bons projetos e personagens icônicos. Ultimamente Gyllenhaal mostrou a sua predisposição a papéis desafiadores em filmes notáveis como O Homem Duplicado e O Abutre. 


O rapaz, que eu sabia que era talentoso e teria uma carreira promissora desde o juvenil O Céu de Outubro, de 1999 - bem antes de Donnie Darko - entrega-se de corpo, alma e músculos ao difícil papel do boxeador Billy Hope, que tem tendências autodestrutivas, mas também muita vontade de recomeçar e de lutar contra seus próprios demônios. Seja nas cenas mais “explosivas”, dentro e fora do ringue, ou nas mais introspectivas e emocionais, Jake Gyllenhaal encontra o tom certo, sem excessos.


Nocaute é um filme agressivo, intenso, centrado unicamente no personagem de Billy Hope, sem deixar muito espaço para o elenco secundário, exceto para a novata Oona Laurence,  que dá vida à filha de Hope e é responsável por momentos comoventes que “derrubam” até os mais “machões”.




NOTA: 8,0

5 comentários:

  1. Ótima análise!!!

    Bruno Paes.

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  2. Apesar de repleto de clichês, a mão do diretor da o toque suficiente para a realização de um bom filme. (Fuqua sempre utiliza bem os clichês).

    Bruno Paes

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  3. Tenho que ver esse filme o quanto antes!!!

    Estou tentando voltar ao blog!

    Grande abraço!

    att,

    André Betioli!

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  4. hehehe volta pro blog rapaz. Bom filme, tem que ver!!!!! Abraços

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  5. Muito bem Bruno, vc conhece bem o diretor né. Tá certissimo.

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