A série Velozes e Furiosos desde o quarto capítulo deixou de
ser um franquia de rachas e carros “turbinados” e adotou um tom mais
convencional de filmes de ação, no qual um grupo de amigos lutam contra criminosos
mal encarados em meio a perseguições de carros inverossímeis e eletrizantes. Ao longo dos anos e com quatro filmes muito
bem sucedidos – após o retorno de Vin Diesel à saga no quarto filme, a franquia tem alcançado resultados
impressionantes de bilheteria - o grupo de amigos se tornou uma família -
dentro e fora da tela - e os laços entre eles estão mais fortes que nunca no
novo Velozes e Furiosos 7 (Furious 7, 2015), que marca a despedida de um membro
muito importante e querido, Paul Walker, morto em um acidente de carro – que
infeliz coincidência – em novembro de 2013.
A trama pode ser descrita em duas linhas: Dominic Toretto
(Vin Diesel) e seus amigos são "caçados" pelo temível Deckard Shaw (Jason Statham)
que deseja a qualquer custo vingar a morte do irmão. O enredo simplista e cheio
de clichês pode não empolgar muito, mas Velozes e Furiosos 7 atende com louvor
as expectativas do público e proporciona diversão, ação, humor e cenas
alucinantes e repletas de adrenalina.
A família vai à festa
O cineasta James Wan assume a direção deste novo capítulo e
surpreende na sua primeira investida em um gênero bem diferente daquele que o consagrou
em Hollywood. Se você não sabe quem é James Wan, certamente conhece suas obras.
Wan é o grande responsável por nos presentear com algumas das melhores obras do
terror nos últimos anos: Invocação do
Mal, Sobrenatural e o primeiro Jogos Mortais. O bom trabalho na franquia de
ação evidencia a versatilidade do cineasta e justifica-se pelas sequências de
ação bem elaboradas - e exageradas, mas e daí? - e os inventivos ângulos de
câmeras nas cenas de luta e perseguições.
Outro ponto a destacar é que Paul Walker (No Rastro da Bala, A Vida em Preto e Branco) aparece bem mais do
que eu previa, o que significa que o trabalho feito por dublês e efeitos especiais
para concluir a participação do ator após a sua morte foi surpreendente e
extremamente eficaz. Outro ponto importante
da produção é a união dos maiores heróis/brutamontes do cinema atual: Vin
Diesel, Jason Statham e o gigante Dwayne Johnson, que apesar de aparecer pouco,
tem um papel importante e cômico na história. Já Diesel e Statham, protagonizam
momentos épicos do cinema vivendo personagens praticamente “imortais” capazes
de sobreviverem a dezenas de explosões e colisões automobilísticas sem levarem
um arranhão sequer.
Walker em um dos seus melhores momentos na saga
Embora seja um filme de ação comandada por brucutus, Velozes e Furiosos 7 também tem seu lado
emocional e familiar. O companheirismo e a amizade entre eles sempre estiveram
ali, fortes, inabaláveis, como qualquer família, eles estão sempre prontos para
encararem qualquer desafio juntos. Nesse capítulo, a família está mais unida e
mais à vontade com os defeitos e as qualidades do outro, talvez seja uma visão
particular, talvez seja a perda do ente querido, que não só afetou emocional e
psicologicamente o elenco, mas a todos que acompanharam a saga desde o primeiro
filme, lá em 2001 e simpatizaram com Dom, Brian (Walker), Letty (Michelle
Rodriguez), Tej (Ludacris), Roman (Tyrese Gibson) e companhia. VF7 é entretenimento puro, divertido e empolgante,
mas vai preparando o lenço também, pois Paul Walker recebe uma homenagem emocionante
de sua família.
NOTA: 8,5
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