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25 de abril de 2015

Vingadores: Era de Ultron – Grandioso e empolgante, mas não supera o antecessor



 



Em 2012, Os Vingadores, ambiciosa produção da Marvel, tinha a seu favor a primeira união no cinema dos heróis Homem de Ferro, Thor, Capitão América e Hulk, que até então, brilhavam em filmes solos. Esta poderosa e intergaláctica reunião deixou os fãs excitados e com altas expectativas. Os Vingadores estreou e conquistou a todos, Joss Whedon mostrou também que sabe lidar com múltiplos personagens e realizou uma obra-prima dentre os filmes de heróis. 

Três anos depois, Vingadores: Era de Ultron (2015) estreia com essa “desvantagem”, ver os super-heróis juntos em ação já não é novidade alguma, bastando aos roteiristas a difícil tarefa de não dá ao espectador aquela sensação de déjà vu e piadas repetidas. Nesse contexto, a continuação mantém a boa qualidade das adaptações do universo Marvel e apresenta como maior trunfo o carisma dos protagonistas, mesmo assim, não supera o primeiro filme, por questões que esclarecerei adiante.

  Stark tenta levantar o martelo do Thor em vão


Vingadores: Era De Ultron, como manda a cartilha das sequências em Hollywood, é maior em todos os aspectos, tem mais heróis, um vilão mais poderoso e um exército aparentemente invencível e numeroso, cenas de ação mais grandiosas e efeitos visuais mais que espetaculares, e claro, há mais conflitos no grupo. Porém, padece de um roteiro econômico e muitas vezes, previsível. A verdadeira surpresa do filme está mesmo na aparição do Visão (Paul Bettany), uma figura intrigante e que deve ser mais explorada no próximo capítulo. 


Os gêmeos Wanda e Pietro Maximoff (Elizabeth Olsen e Aaron Taylor-Jonhson) são boas adições à história e têm um papel importante na trama, quer dizer, Wanda e o seu poder de manipular a mente alheia tem aqui mais relevância que o seu irmão. Quanto ao vilão Ultron (James Spader), me fez ter saudades da complexidade e do cinismo do Loki. Suas intenções são óbvias: aniquilar a humanidade e Os Vingadores, e por isso, seus passos dentro da trama não são difíceis de serem previstos. 

Novos heróis: Pietro e Wanda Maximoff 


Em relação aos Vingadores, a dinâmica do grupo ainda funciona, o bom humor ainda está ali para nos dá aquele respiro antes da ação desenfreada. A sequência cômica em que os amigos apostam em quem mais, além do Thor (Chris Hemsworth), consegue levantar o martelo e a batalha exagerada entre Hulk (Mark Ruffalo) e Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) são alguns dos melhores momentos da produção.


Se no primeiro filme os super-heróis precisavam aprender a colocarem seus egos inflados de lado e trabalhar em equipe, na continuação eles têm a difícil missão de superar seus próprios medos e aprender a lidar com seus atos, sendo eles condenáveis ou não. 

 
   Joss Whedon dirige o Capitão América
  

Com Joss Whedon - criador da revolucionária série Firefly – no comando novamente, a sequência possui o mesmo clima descontraído do antecessor, a aptidão do cineasta em trabalhar com dezenas de personagens de maneira equilibrada e de realizar sequências de ação sem esgotar a nossa empolgação foram cruciais para que Vingadores: Era de Ultron se tornasse mais uma obra fílmica relevante no universo Marvel, embora tenha suas imperfeições. Com Whedon fora da direção em Guerra Infinita, daí eu começo a me preocupar com a mudança de tom que a saga pode tomar.   


Grandiloquente e com uma proposta de trazer mais “humanidade” para o sombrio mundo dos nossos queridos vingadores, a continuação prossegue com a indiscutível jornada da Marvel nas adaptações de suas obras, mas confesso,  fiquei com a sensação de que poderia ser melhor.  Veja aqui o trailer.


NOTA: 8,0

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