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17 de janeiro de 2012

Steven Spielberg: décadas de risos e lágrimas - parte 2


Rindo entre dinossauros e nazistas

Estamos nos anos 90, Spielberg nos apresentou a uma obra-prima chamada A Lista de Schindler e finalmente foi reconhecido pela Academia, levando vários prêmios para casa, inclusive a estatueta de melhor diretor. Steven chorou de alegria. E no mesmo ano, o cineasta lançou Jurassic Park, uma de suas melhores obras, e ainda quebrou recordes de bilheteria inimagináveis. O nerd estava rindo à toa...e nós ríamos junto com ele.

Depois de uma década de 80 “corrida”, o diretor quis descansar mais nesse tempo, produziu longas de grande porte como Twister e Homens de Preto, e depois de dois "deslizes", a continuação de Jurassic ParkMundo Perdido e o drama que ninguém viu, Amistad, recebeu sua segunda estatueta de melhor diretor pelo drama de guerra O Resgate do soldado Ryan,  no finalzinho da década.


Sentimentalismo excessivo


Anos 2000, período de muita versatilidade do diretor, mas também de muito sentimentalismo forçado. A.I. - Inteligência Artificial, aquele filme com o garotinho de O Sexto sentido, não é um filme ruim, chorei muito com a cena em que o menino é abandonado, mas o final capenga, enganador e desnecessário,  impossibilitou o filme de entrar na minha lista de melhores trabalhos do Steven. 

E o apelo sentimental exagerado continuou em Minority Report e em Guerra dos Mundos, mas felizmente não afetou o resultado final dos dois longas, que são alguns dos meus favoritos, principalmente a  adaptação  da obra de H. G. Wells,  que fecha a trilogia alienígena do diretor, iniciada com Contatos Imediatos e  E.T.  Guerra dos Mundos tem cenas grandiosas e tensas e uma fotografia belíssima, que compensam até o final tosco.

Prenda-me se for capaz juntou Leonardo DiCaprio e Tom Hanks e virou uma fita legal e despretensiosa, assim como a ressurreição de um certo arqueólogo em Indiana Jones e o reino da Caveira de Cristal, que resultou num filme divertido, bem ao estilo das obras dos anos 80. 


O drama vai para a TV


O Terminal e Munique chegaram aos cinemas e são os trabalhos que eu menos aprecio. Mas para que se preocupar com o cinema, se no mesmo período ele produziu uma obra-prima para a TV, a minissérie Taken. Com uma história intrincada que acompanha dos anos 40 até o século 21, várias famílias que são afetadas por abduções alienígenas, esta obra televisiva é imperdível. Não tem ninguém que trate de extraterrestres melhor que Spielberg, né?!  Ele também produziu outro sucesso da telinha, a série de guerra Band of Brothers.

Na telona, produziu filmes divertidos como o Paranoia, Transformers e o ótimo Super 8, esse último uma homenagem explícita de J.J. Abrams ao diretor e a todos os filmes  oitentistas.

Tropeços recentes


Recentemente, a credibilidade de Spielberg anda um pouco abalada, ele produziu duas séries fracassadas, Falling Skies e Terra Nova, "produziu" os horrorosos Transformers 2 e 3, que na minha opinião, não teve nem a participação do seu dedo mindinho aí. Por que? Porque, se compararmos os dois últimos filmes com o primeiro, fica claro que Transformers 1 é bem mais "humano", a trama é melhor desenvolvida e as cenas de ação não pecam pelos excessos.

Enfim, o que importa é que Spielberg está perdoado, ele ainda é um cineasta muito querido, sonhador, talentoso e ainda queremos ver seus trabalhos por décadas e décadas, queremos rir e chorar mais e mais com suas obras cinematográficas. Já estou ansiosíssimo pelo elogiadíssimo As Aventuras de Tintim, uma aventura com o selo de qualidade “Spielberg” de verdade, como há muito tempo não víamos. 

Confira a PARTE 1 desse post em homenagem ao nosso nerd preferido.

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