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1 de julho de 2012

W.E. - O Romance do Século



O drama W.E. – O Romance do Século (2011), para quem não sabe,  é o último filme produzido, escrito e dirigido por Madonna, e ao contrário do que dizem por aí, é um bom filme, com suas falhas, mas longe de ser uma bomba. Até a crítica especializada foi “boazinha” com ele, chamando-o de “esforçado”, sentimento nunca demonstrado antes com os trabalhos anteriores da cantora como Destino Insólito e Sujos e Sábios. Não vi nenhum desses, mas percebo que Madonna está aos poucos aperfeiçoando sua habilidade como diretora.

O enredo é sobre o romance histórico, real e controverso entre o rei Edward VIII (James Darcy) e uma americana chamada Wallis Simpson lá na década de 30.  Wallis (vivida por Andrea Riseborough) não é da nobreza britânica, é estrangeira, e antes de ser envolver com o Príncipe de Gales, o Edward, ela já tinha passado por dois casamentos. Obviamente que a família nobre do rapaz e nem o povo gostaram de sua escolha. Com o assédio da imprensa e a não aprovação do governo para o casamento, Edward abdicou do trono, preferindo está acompanhado de sua amada Wallis. O casal foi exilado na França, levando o nome de Duque e Duquesa de Windsor. Wallis ficou conhecida desde então, como a mulher que tirou o rei de seu povo. Em W/E, Madonna tenta melhorar a imagem da duquesa, mostrando que ela nunca teve a chance de contar o seu lado da história.

"Hey, acho que te conheço de algum outro filme..."

Talvez o filme fosse mais feliz se fosse centrado apenas neste romance de época, mas a diretora preferiu contar em paralelo outra história, a de Wally (Abbie Cornish de Sucker Punch), uma mulher apaixonada e obcecada pela história de Edward e Wallis. Esta parte contemporânea do filme não é chata, apesar de tornar o início do filme confuso, porém, acompanhar o desenvolvimento do relacionamento entre ela e o segurança Evgeni (Oscar Isaac, também de Sucker Punch) é bem divertido, torcemos por eles e tudo mais, mas demora muito a engrenar e quando começa, perde força nos momentos finais, transformando a parte que trata do romance proibido da realeza bem mais interessante.

O romance proibido da realeza. 

No geral, Madonna fez um trabalho competente e com boas atuações – pode-se ignorar aqui até os enquadramentos repetitivos e o roteiro um pouco confuso - mas vale citar, nada como uma mulher de personalidade forte para contar a história sobre outra figura feminina igualmente intensa e corajosa.  Destaque para o belo figurino e a despojada trilha sonora, incluindo a balada Masterpiece da cantora, confere aqui o vídeo com cenas do longa.

2 comentários:

  1. Atuações exorbitantes! Andrea Riseborough extremamente perfeita! Porem não considero o filme bom! Quer dizer muito sem dizer nada! Início confuso, e concordo com você quando diz que deveria ter sido abordada somente a história do romance dos anos 30. Prova disso é que Madonna se mostra meio vaga e perdida quando as cenas de 1998 surgem na tela!

    Bruno Paes

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    Respostas
    1. Claro que quer dizer alguma coisa, hehhehe, enfim, mas acho q Madonna a cada filme que dirige está melhorando um pouquinho.....

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